TIC e a Sociedade- em resposta aos três textos

1.       Papel do papel nas sociedades contemporânea e futura



            O papel, embora inventado há cerca de 2000 anos, tornou-se mo primeiro passo decisivo na história da Humanidade. E embora as TIC tenham ameaçado a sua extinção, o papel ainda é um recurso indispensável no nosso quotidiano.



            No entanto, as TIC também o estão, e, em certos aspetos, acabam por se tornar mais práticas e acessíveis do que o próprio papel. A segurança que as TIC nos transmitem fazem com que sintamos uma necessidade de guardar tudo aquilo que produzimos virtualmente. Mas, e como diz Boavista, «Quantos de nós já não perdemos informação aprisionada em ficheiros que já nenhum sistema consegue ler?». Esta é a grande vantagem do papel em relação às tecnologias que vemos chegar e partir nos dias de hoje: a longevidade.



            Com a evolução dos sistemas operacionais, muitos arquivos em formatos mais antigos tornaram-se obsoletos devido à falta de sistemas operacionais capazes de os decifrar. Muita informação acaba, assim, perdida nos códigos binários destas máquinas operacionais devido à nossa incapacidade de os decifrar. Sejam eles por utilizarem uma linguagem diferente ou por serem incompatíveis com softwares da geração mais recente no momento em questão. No entanto, com o papel, independentemente dos anos que passem, se estiver em estado legível, servirá como registo. Não existirá uma versão mais recente do papel, tornando as outras obsoletas: é papel. Isto transmite até mais segurança do que as próprias TIC, pois não há qualquer risco de se perder informação com o avançar do tempo.



            Quando as TIC se popularizaram na comunidade de massas, muitos viram-nas como o fim dos escritórios sem papel e o fim da burocracia (que geralmente era associada à enorme quantidade de registo de informação em papéis). Contudo, basta olhar para a nossa sociedade e conseguimos ver que nada poderia ser mais destoante da realidade, pois o papel é um dos principais recursos dos escritórios para o registo de informação (basta olhar para os aquivos dos escritórios empresariais) e a burocracia continua presente nos dias que correm, pois não é quantidade de papéis utilizados para o registo da informação, mas sim os processos utilizados para tal.



            Será que o papel continuará a ter espaço nas sociedades futuras? A meu ver sim, pois o papel é a forma mais segura de registo de informação. Afinal, quem é que me garante que quando for abrir o meu computador amanhã ainda estará lá o documento que procuro? Mas apenas o tempo será capaz de responder a esta questão.



2.       Poder das TIC enquanto armas de construção e destruição de uma sociedade



            As vantagens das TIC no nosso quotidiano são várias e simples. Basta olhar para o lado e provavelmente teremos um telemóvel capaz de aceder à internet, que me permite comunicar com os meus amigos ou família de variadas formas, ou ainda capaz de me transmitir música, vídeos ou jogos. É curioso pensar que carregamos um pequeno computador no bolso das calças que é mais potente do que aquele que levou a tripulação da Apolo 11 à lua, em 1969. É uma realidade fascinante, no entanto, tóxica.



Atualmente, muitos de nós não conseguem passar um dia sem ir às redes sociais ou sem verem constantemente informação diante dos nossos olhos. Tornámo-nos dependentes das TIC, quer queiramos aceitar isso ou não. E, sabendo desta dependência, as empresas criadoras destas tecnologias atualizam-nas, tornando-as mais atrativas ao consumidor comum, que investe nelas sem pensar nas consequências. E quanto à informação?



A verdade é que, por mais informação que possamos receber constantemente, estamos mais desinformados do que nunca.  Com a internet, as chamadas fake news, conseguiram ganhar mais espaço, espalhando a desinformação. E por mais que tentemos, não seremos capazes de ver tudo. Assim, no meio desta escuridão da desinformação, devemos procurar a luz.



3.       Potencialidades e riscos dos serviços digitais de localização



            Vamos supor eu perdi o meu telemóvel e eu não o consigo encontrar. Atualmente, graças às tecnologias mais recentes, existem serviços que me permitirão encontrá-lo. Esta realidade parece animadora, do meu ponto de vista que perdi o meu aparelho eletrónico e não o conseguia encontrar. Mas se eu o encontrei através da internet, isso não quer dizer que eu não estou seguro?



            Atualmente a privacidade não existe. Andamos com um aparelho eletrónico que revela a nossa localização constantemente. A princípio não parece haver aqui nada de mal. Como está referido no texto, é eficaz um pai ter a localização do filho, principalmente quando estes são menores. Mas esta troca de informações unilateral não é consencual, acabando por ser uma invasão de privacidade. Essa escolha, existe, mas é tudo uma fachada, pois esta decisão não está nas nossas mãos. Por exemplo, existem sites que utilizam coockies e impedem que os visitemos caso não aceitemos os ditos coockies.



            Estas observações constantes tiram-nos a liberdade. Como a nossa vida passa pela internet, nunca estaremos completamente seguros e esta realidade, a meu ver, veio para ficar. Aquela câmara do telemóvel ou portátil pode parecer desligada, mas nunca está completamente desligada. Saudosos são os dias em que a privacidade era uma realidade…



Luís Coelho| a68266



 


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publicado por - fcar - às 09:10 | comentar | favorito