Testes de intolerância alimentar: Um diagnóstico útil ou uma mentira bem contada?
Com cada vez mais o assunto em voga, das alergias ao leite, glúten, frutos secos, serão de facto estes testes verdade ou mentira. Primeiro
a intolerância alimentar existe. As pessoas podem, de facto, sentir-se mal com a ingestão de alguns alimentos sem que exista uma alergia alimentar associada. Define-se como intolerância todo o mecanismo que não pode ser identificado como verdadeira reação alérgica e inclui as reações imunológicas, difíceis de relacionar com um alimento, mas cuja patologia moderada pode desencadear uma série de sintomas pouco específicos, tais como: aumento do peso, irritação, acne, ou, Perturbações respiratórias, entre outros. Por um lado, basta fazer uma pesquisa online para compreender que a oferta no que se refere a estes testes é imensa, com bastantes clínicas a disponibilizar o serviço. Aliás, os preços são diversificados e promoções é o que não falta há mesmo opções para todos os gostos. Nos adultos, as alergias alimentares mais comuns são causadas pelos frutos secos, frutos frescos, peixe, marisco e vegetais. Outras podem ser consequência de alergias respiratórias. Quem seja alérgico ao pólen pode vir a desenvolver alergia a frutos, porque as proteínas têm estruturas semelhantes, diz Elisa Pedro, também vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), dois tipos de teste de intolerância alimentar dominam o mercado: os testes sanguíneos e o VEGA test, as potenciais alergias são só detetáveis através destes testes. Por outro lado, noutra altura, mais precisamente em 2011, o presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) alertava que os testes múltiplos de intolerância para detetar alergias alimentares são inúteis e desaconselhou a sua recomendação e comparticipação pelos sistemas de saúde. Então no que ficamos? Matilde Dias- a61472