Telemóveis nas mãos das crianças

Vivemos na era da tecnologia, do digital, do virtual, onde tudo parece ser possível e alcançável com apenas um clique. É de admitir que, nos dias de hoje, é mais raro ver uma criança que não sabe ligar e manusear um telemóvel, do que ver uma que saiba fazê-lo na perfeição e sem grandes dificuldades.  Nos cafés, restaurantes, shoppings e em plena rua, é mais que comum vermos crianças, com os seus primeiros anos de vida, ainda de fraldas e sentadas nos seus carrinhos, agarradas a um ecrã de um telemóvel e de olhos postos em algum tipo de distração, música ou jogo virtual. Enquanto isto, ao olharmos para quem as acompanha, vemos adultos que, ou estão igualmente agarrados a um outro telemóvel, ou que conversam e lidam entre si sem a mínima preocupação do tempo e do quão desnecessário e prejudicial é para a criança as horas que passa dependente da distração proporcionada por tal “brinquedo”.



Sem dúvida que a tecnologia e tudo o que a mesma proporciona não deve ser negada, muito menos escondida, aos mais pequenos, aliás, ela está por todo o lado, mas a grande necessidade de os pais darem um telemóvel para as mãos das suas crianças como forma de “Está quieto e não faças barulho!” não é a única nem a melhor maneira de os ter por perto sossegados e comportados. A verdade é que as crianças não nascem com este hábitos e vícios, somos nós, mais velhos, que passamos e incutimos estes mesmos comportamentos tão pouco ou nada saudáveis. 


Beatriz Costa a72841

publicado por - fcar - às 18:59 | comentar | favorito