Tecnologia: a droga do séc. XXI

Vivemos numa sociedade onde perguntas e acontecimentos simples como, «Tem horas que me diga?», «Será que vai chover?», «Te mos de combinar algo.», tornaram -se tão fáceis que basta chegar a mão ao bolso e tirar o seu smarthphone .

O relógio passou a ser um simples adereço sem utilidade, penso que se perguntarmos as horas a uma pessoa e ela disser «Não tenho bateria!», e virmos que ela tem um relógio e questionarmos «Mas tens um relógio no pulso!», a resposta mais provável seria «Eu não sei bem ver as horas aqui…», em particular se for de ponteiros e não digital.

O contacto pessoal morreu, queremos conhecer alguém ou falar com alguém temos de ir ao seu perfil social, nas mais diversas redes, e meter conversa com essa pessoa, o ocasional encontro num café passou a meet onde o tempo que passamos em frente a um simples ecrã é maior que os minutos de conversa que houve nesse momento.

Morreu a carta, foi assassinada a sangue frio pelo e-mail . O toque luxuoso da caneta à mistura com o papel e os sentimentos passaram a « lol ahaha <3», o sentimento vai perdendo a sua elegância.

A adição aos likes torna-se mais tentadora à medida que vá aumentado e o orgulho pessoal passa a ser uma coisa que só existe quando nos ofendem em CAPS LOCK.

O amor, aquilo que faz o ser humano, passou de «Amo-te» a «João Carlos e Andreia Rodrigues estão numa relação». Deixou de ser longo e verdadeiro e passa a ser algo mais passageiro que o comboio.

Tecnologia é o fim dos velhos costumes, que se tentam adaptar mas que nunca passam de memórias.

Alexandre Santos nº52691
publicado por - fcar - às 11:14 | comentar | favorito