Spotlight e o jornalismo investigativo

Spotlight foi a grande surpresa de 2016, ganhando na maior categoria do Oscar daquele ano. O longa é baseado na história real de uma equipe de jornalistas do “The Boston Globe” – responsáveis por reportagens especiais, das quais demandam meses ou até anos na investigação de um caso – de mesmo nome que leva o título do filme. No drama, o grupo é movido a investigar uma série de relatos de pedofilia praticados por membros da Igreja Católica na cidade de Boston, levando o espectador a acompanhar de perto a apuração e descobrindo os fatos ao lado dos repórteres. Com uma trilha sonora sutil que impulsiona a cada revelação e um elenco de primeira, o filme age quase como uma ode ao jornalismo, dizendo não apenas a maneira de como ele é feito, mas da motivação profissional que justifica a denúncia da hipocrisia de uma parte da Igreja. A história contada é recente, passa-se em 2001, e além de dar a equipe Spotlight o prêmio Pulitzer, a reportagem mudou a vida de muita gente. E é disso que o jornalismo investigativo vive, de histórias que precisam ser expostas. O que não falta no mundo são temas para serem investigados. E, enquanto houver gente interessada em saber sobre eles, existirá quem se dedique a investigá-los. Mesmo não sendo tanto tempo atrás, é inegável que de lá para cá muitas coisas alteraram-se, ainda mais com a revolução tecnológica. O mundo adaptou-se e a mídia não escapa disso. Se hoje em dia fica mais difícil encontrar reportagens mais aprofundadas nas chamadas mídias tradicionais, as mídias alternativas – como, por exemplo, a internet – mostra que existem leitores interessados nesse tipo de material e que o jornalismo investigativo também se adaptou ao meio.

 

a66160

publicado por - fcar - às 18:05 | comentar | favorito