Sara

Chegou ao fim no domingo passado a série exibida pela RTP2, «Sara». Em 2017, a RTP revolucionou o seu conteúdo noturno e programou, sequencialmente, a exibição de várias séries televisivas sobre diferentes temas. O mais interessante é que a maioria destas séries foram escritas por jovens realizadores e produzidas com poucos meios. Por exemplo, a série «4Play» quebrou todas as convecções de uma antiga televisão generalista estatal e foi um sucesso! E sobre a «Sara»? À priori, é uma ideia original de Bruno Nogueira que tenta brincar com alguns estereótipos. Na minha opinião a personagem principal, a Sara, é um reflexo das mutações culturais que o cinema português enfrentou na transição de século. Uma típica atriz de cinema dedicada a papéis dramáticos com grandes choros, que de repente sofre de “síndrome do olho seco”, e nunca mais chora. Sara, é obrigada a ceder ao novo sistema e integrar o elenco de uma telenovela, ao mesmo tempo que aprende a lidar com o digital (redes sociais) e a publicidade. Jessica Palmeiro/ a61482
publicado por - fcar - às 10:05 | comentar | favorito