Redes sociais
Na aldeia global que vivemos atualmente, seria de esperar que a nossa sociedade se unisse e não que se afastasse. Nos dias de hoje olho para a rua e já não vejo as crianças a brincarem à apanhada, ás escondidas, vejo cada um para seu lado, ligados aos telemóveis como nunca tinha visto. Olho para cima e só vejo pessoas a olharem para baixo. Dizem eles que se estão a socializar, realmente estão, mas não com pessoas reais, apenas com virtuais. Já não há o calor de uma conversa, de um olhar, apenas há teclas, gostos, partilhas. Num mundo fútil e materialista em que somos movidos pelo que temos e não pelo que somos é preciso que existam mais indivíduos que se questionem sobre o que realmente é importante numa sociedade. É preciso ter uma opinião e não mais dados móveis para ver os influenciadores a mostrarem nas redes sociais que o que é bom são as joias, os carros, os telemóveis, a roupa
As pessoas têm a obrigação de mostrar que tudo está bem e que têm uma vida fantástica e melhor que os outros, mas isso nem sempre é verdade. Está na hora de nos desconectar para nos conectarmos ao real, ao toque, ás conversas. Numa sociedade onde tudo é virtual, é necessário quem se desconecte para o que realmente é importante.
Margarida Rego nº58696 i - fcar
Margarida Rego nº58696 i - fcar