Psicologia: Porquê estudar gémeos? Porquê estudar famílias? Porquê estudar adoções

Segunda a psicologia, qual o porquê de estudar gémeos? Ora pensemos na constituição genética dos gémeos e daquilo que eles são fruto, os gémeos monozigóticos desenvolvem-se a partir de um único óvulo fecundado por um único espermatozoide, são sempre do mesmo sexo e partilham a mesma placenta, são idênticos e partilham a totalidade dos seus genes, por outro lado, os gémeos dizigóticos formam-se a partir da fecundação de dois óvulos por dois espermatozoides, são semelhantes mas não idênticos, podem não ser do mesmo sexo e partilham somente 50% dos seus genes, como acontece em qualquer outro par de irmãos não gémeos. Dadas estas informações, será que se a hereditariedade influenciar determinada característica ela tenderá a estar mais marcada em gémeos monozigóticos do que em gémeos dizigóticos? Assim, a separação precoce de gémeos e a sua criação em ambientes totalmente diferentes são determinantes para o estudo, como será que o mesmo património genético reage a experiências distintas?



Em primeiro lugar, as famílias, como todos nós podemos facilmente saber/descobrir, temos mais semelhanças com um elemento da nossa família do que qualquer pessoa que encontremos na rua não pertencente á nossa árvore genealógica, porém, a probabilidade de partilharmos características varia consoante o grau de parentesco que mantemos. Por exemplo, é muito maior num caso de irmãos do que num caso de primos. Este estudo de famílias mostra que há muitos traços (relativos a características físicas como despigmentação do cabelo), e até perturbações mentais que se mantém ao longo de gerações. Contudo, as investigações não são conclusivas sobre a influência ou não da hereditariedade dado que as famílias partilham na maioria das vezes ambientes semelhantes.



Em segundo lugar, as adoções, que eu ao início estava particularmente cético por não perceber o porquê de um adotado poder ser objeto de estudo mas, entendi que se houver um maior número de semelhanças entre a criança e os pais biológicos ou os pais adotivos, isso pode ser um fornecimento de informação sobre o papel da genética e o papel do meio, por exemplo, se ao adotar alguém esse alguém se mantém idêntico aos pais biológicos em X característica num grande número de vezes, essa característica pode sofrer uma maior influência hereditária ou vice-versa, se ajustar aos pais adotivos em Y característica num maior número de vezes do que as que não se ajusta então o ambiente pode ser mais preponderante nessa característica.




Miguel Poço a68278

publicado por - fcar - às 00:51 | comentar | favorito