Os telemóveis: até que ponto são refutáveis

Com base numa notícia presente no site da SAPOTEK, escrita por Marisa Pinto, a mesma acredita que hoje em dia as crianças começam a dar uso ao telemóvel demasiado cedo. Esta noticia tem por intuito informar que, a partir do próximo ano letivo, vai ser extremamente proibido o uso de telemóvel dentro e fora das salas de aula enquanto os alunos se encontrarem dentro do recinto escolar. Esta situação ocorrerá na França, uma medida que já estava a ser estudada há pelo menos oito anos. A principal questão é: até que ponto esta regra, que entrará em vigor já no próximo ano, trata benefícios? E quais serão? É certo que a dependência pelo telemóvel, ou melhor, por aquilo que ele integra, é cada vez maior e atinge, cada vez mais, um maior número de gerações. Mas será que esta regra será o suficiente para acabar com esta dependência? Temo que não. Acredito que esta legislação não só irá trazer inúmeras oposições, como enormes problemas. Imaginemos que os pais de uma criança trabalham relativamente longe do sitio onde a criança estuda e precisam de comunicar com ela por motivos pessoais? Ou imaginemos que surge um problema e os pais precisam de contactar com o filho/a? É importante que, nestas situações, os pais estejam sempre a um passo de distância dos filhos. Esse passo é o telemóvel. Concordo plenamente em executarem esta regra dentro das salas de aulas, mas fora? Considero extremamente excessivo. É verdade que o telemóvel, hoje em dia, já é considerado como um bem essencial, algo que faz parte do nosso “material escolar”, e a isto chama-se inovação. É um exagero impedir que, por exemplo, os adolescentes deixem o seu telemóvel em casa todos os dias, quando por força de um motivo maior, podem necessitar de utilizá-lo. A dependência por este objeto nunca vai ser atonizada por esta regra, pelo contrário.

Inês Carriço, a 57944
publicado por - fcar - às 18:18 | comentar | favorito