O que ofende mais?

Com o passar dos anos o ser humano torna-se mais e mais sensível a certos assuntos. Durantes anos a sexualidade era considerado um tabu e por isso não era discutida em público nem com o mais íntimo dos companheiros. Guerras e figuras políticas que dominavam o país era algo também considerado um “não-tópico de conversa”. E hoje, agora mais que nunca, o que é aquilo que não se pode falar? Clubismo.

Vivemos numa época em que a maior ofensa não é criticar quem nos trouxe ao mundo através de insultos e injurias, mas sim ofender o nosso clube. O bom português fica mais ofendido quando o seu clube é chamado de corrupto e de ladrões. Há uma certa chama que se acende e uma discussão com alguma possibilidade de pancadaria , invocada por um estado de embria guez um tanto excessiva, mas que pela honra do nosso clube não tem problema.

Durante anos foi considerado que o futebol era a razão pelo qual havia violência doméstica, e isto inclusive foi do mais parodiado por inúmeros comediantes, mas também é o que caracteriza certos empregos como taxistas, taberneiros e calceteiros. Ou seja, todos os que possuíam uma profissão cuja pausa de trabalho é quando o mesmo deseja e onde quiser. Uma profissão infelizmente caracterizada pelo uso excessivo de piropos e expressões que mostram masculinidade, ou pelo menos tenta esconder sentimentos ocultos.

Pessoalmente já ofendi mais amigos meus por dizer “Foste beneficiado neste lance, ele claramente estava fora de jogo” do que “Tu não prestas”. Se pensarmos bem parece estranho, m as façam o teste. Os resultados não enganam.

Viva ao futebol, para não ofender quem seja de um clube diferente do meu nem de uma seleção nacional diferente da minha.

Alexandre Santos - 52691
publicado por - fcar - às 12:12 | comentar | favorito