O primeiro a pegar no telemóvel paga a conta!
Quanto mais velha sou, mais tenho vindo a reparar que o telemóvel é uma extensão do nosso corpo. Não o largamos, passe o que se passar. Utilizamo-lo para falar com toda a gente, é muito mais prático no caso de os nossos amigos estarem longe. E quando estamos todos juntos? Estamos a falar com quem? A verdade é que, num jantar, por exemplo, cada vez menos estabelecemos contacto visual, parece que só na ponta dos dedos é que temos assunto. À mesa, sou apologista de que o melhor aperitivo é a amena cavaqueira, dar gargalhadas e ter conversas com ou sem sentido, não importa. Porque, durante aquela hora de reunião, poucas palavras são soltas, mas mal saem restaurante fora, já todos os assuntos voltaram. Sem percebermos, estamos a desumanizar-nos e, de certo modo, a afastar-nos uns dos outros. Recuperemos a consciência, para nosso próprio bem.
Marta Barbosa // 61451
Marta Barbosa // 61451