O preconceito com as grávidas no mercado de trabalho


Numa sociedade que aborda constantemente o fenómeno da taxa de natalidade, é completamente contraditório o facto de, no mercado de trabalho, não haver espaço para mulheres que querem engravidar. 

Em 2020, mais de duas mil mulheres não renovaram contrato por estarem grávidas ou por terem sido mães recentemente. Mas afinal, que sociedade é esta que não prioriza a maternidade? Que, para selecionar os trabalhadores do mercado, questiona “Você tem filhos?” ou “Pretende ser mãe?”.

De facto, é muito complicado alguém ter que lutar pelo preconceito que ainda existe em mentalidades machistas. A mulher ainda é vista como um ‘fracasso’, que não tem capacidades para adquirir qualquer cargo ocupado por um homem. Basta refletir sobre as diferenças salariais que existem, não só no mundo, como em Portugal. 

Fenómenos como o desequilíbrio emocional, a dificuldade de recolocação no mercado de trabalho, os obstáculos económicos são, constantemente, consequências que as mães são obrigadas a suportar. 

É preciso desconstruir esta mentalidade desenvolvida em sociedades tão retrogradas como as do passado. Se, atualmente, o mundo consegue evoluir em determinados setores, também precisa de se desenvolver a nível social. 


Sofia Delgado, a71742

publicado por - fcar - às 16:31 | comentar | favorito