O Impacto do COVID-19 no ensino
Em consequência da pandemia atualmente vivida, o segundo semestre universitário do ano 2020, começou com os estudantes confinados em casa, limitando o ensino às paredes das habitações, com a introdução do ensino online. Nunca como agora o recurso aos meios eletrónicos e digitais foi tão necessário para garantir alguma “normalidade” ao quotidiano de todos.
No entanto, o ensino à distância levantou várias questões e opiniões distintas. De um lado os que consideram uma perda, do outro, os que consideram que já se deveria ter feito este tipo de ensino há mais tempo.
A questão é: será que o ensino está pronto para corresponder às novas exigências?
A meu ver, o ensino à distância apresenta mais desvantagens do que vantagens. Não é só uma geração pouco habituada às novas tecnologias, à procura do seu lugar no mundo digital (a única forma que tinham de ensinar os alunos), mas também os jovens que vivem em terras onde a internet não tem morada, as novas aulas sem a capacidade de oratória, e outras substituídas por fichas de trabalho semanais. Consequentemente alia-se a falta de motivação e empenho motivada pelas aulas pouco interativas e às 24h sob 7 passados em casa. Como seres sociais que somos, a parte social e a interação com os outros, faz falta e influência o nosso estado de espírito, pelo que nesta pandemia, foram muitas as notícias de jovens com início de depressão ou desmotivação relativamente à escola. Tudo somado, faz-me crer que a escola ainda não está preparada para ser à distância.
Não obstante, concordo que o ensino à distância tenha sido uma necessidade e uma decisão sensata para a proteção da propagação e contração do vírus Covid-19.
Em meio de conclusão, o Covid-19 não pode ser visto como tendo consequências positivas ou negativas para o ensino, mas sim como uma oportunidade para tomar consciência que as catástrofes acontecem e que temos de estar preparados para situações limite.
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