“Não há informação, sem manipulação”

Os meios de comunicação constituem “armas do poder” tendo assim a capacidade de manipular a sociedade, ampliando ou restringindo a opinião pública ao serviço dos poderes políticos.



Hoje em dia, adquirimos informação e conhecimentos à velocidade da luz. Qualquer indivíduo informa e se permite ser informado. Desta forma, vivemos numa constante luta entre acreditar ou não nos conteúdos difundidos.



Devido à importância da exclusividade e imediatismo da notícia, compreende-se que “não há informação, sem manipulação”. O poder possui uma forte influência nos media e dependendo da perspetiva explorada por quem transmite o conhecimento obtemos informações diferentes. Assim, percebe-se que embora o conteúdo informativo seja fidedigno podem estar a ser abordados de forma a que a opinião pública se posicione de determinada maneira relativamente a um determinado assunto, fazendo “cair por terra” princípios como a objetividade e a imparcialidade, associadas aos jornalistas.



Colocando-se num patamar superior, os media controlam os seus consumidores, desenvolvendo a ideia de que a informação por eles transmitida é uma verdade absoluta, situação que se verificou na segunda Guerra Mundial, onde os órgãos de comunicação fizeram com que os habitantes de determinadas áreas do globo se posicionassem a favor de um regime político e concomitantemente repudiasse outro. Nesta perspetiva, pode defender-se que os media “são meios de transmissão da desinformação e ferramenta de manipulação” uma vez que, se de facto as informações forem mal exploradas e forem suscetíveis a uma interpretação o consumidor pode guiar-se de maneira errónea sobre um determinado tema. Para que isto não aconteça é necessário o desenvolvimento da educação para os media. É importante que os cidadãos tenham cada vez mais consciência de que num Mundo onde nos encontramos rodeados por conhecimento é muito fácil nos deixarmos ludibriar por quem tem o dom da palavra.



Em suma, pode definir-se o conhecimento como o conjunto de informações que as pessoas recolhem através das suas experiências, aprendizagens, valores e crenças. Contudo, nem todo o conhecimento tem na sua estrutura uma base sólida de informação, fazendo isto, com que um cidadão consciente, e com uma capacidade crítica mais desenvolvida tenha a habilidade de destrinçar aquilo que lhe é transmitido, visto que na verdade podemos estar a ser corrompidos pelo poder que “manipulam mentes tanto pela desinformação, como pela ocultação de verdades”.



 



Mário Barbosa



a60530

publicado por - fcar - às 22:19 | comentar | favorito