Hello to ello
Apelidado por muitos como “a rede social anti-Facebook”, a recente página online - Ello, apresenta outras ambições.
Atualmente é uma plataforma acessível apenas por convite, estando a “rede social” a receber 40 mil novos utilizadores por hora. Alguns dias antes, esta taxa era muito menor: apenas 4 mil por hora.
O Ello diz-se independente e livre de publicidade. Criada por uma equipa de sete pessoas e liderada por Paul Budnitz, chegou na semana passada em versão beta. O logo consiste num simples smile a preto e branco, uma interface limpa e uma tipografia semelhante à de uma máquina de escrever.
Esta rede comunitária – como é preferível chamá-la – não é nova. Já existe desde Abril deste ano, porém só agora se tornou viral, na sequência de um artigo do jornal Daily Dot.
Confudido muito facilmente com uma rede social, em parte, inspirada no Twitter, o Ello é composto por perfis muito simples: uma descrição pequena, um espaço para deixar um ou dois links, uma foto de perfil e uma foto de capa. O minimalismo e a simplicade estão presentes em tudo o que a ideia representa e defende.
O Ello abandona as interações positivas (likes, loves, +1) e quase que desafia os utilizadores a um nível de relação superior através dos comentários. Outra diferença é que no Ello o utilizador tem noção da sua audiência, uma métrica simples mas que permite à interação-Ello ser mais próxima das do mundo físico.
O que é mais atrativo em toda a estrutura deste novo conceito é o facto de ser algo tão seletivo e reservado, de ser algo simples e sem o forte impacto que hoje a publicidade causa, em todos nós. Longe da necessidade de aceitação que surge nas redes sociais - ditas convencionais, há algo de pessoal e sofisticado na simplicidade com que interagimos neste tipo de sites.