De domingo a domingo
De domingo a domingo. de 25 de abril a 2 de maio. A última semana de abril e a primeira de maio. Sem darmos por isso, esta última semana abarcou consigo uma responsabilidade cultural enorme. domingo, o eterno 25 de abril, que mesmo com o passar dos anos, continua a marcar o povo lusitano, de geração em geração que, felizmente, preserva a valorização dos feitos conquistados naquele dia do ano de 1974. Grândola Vila Morena toca em centenas de casas portuguesas, com a alegria estampada nos rostos daqueles que viveram a ditadura e, onde agora, governa a democracia. Os mais jovens, orgulhosos da sua história, juntam-se aos "antigos" nas mais diversas celebrações que ocorrem pelas cidades do nosso Portugal.
1 de maio, que apesar de não ter sido sentido como um feriado por ter calhado a um sábado, é sentido por muitos portugueses, que agradecem aos milhares pelo mundo que lutaram pelos direitos dos trabalhadores, e que conseguiram conquistar o que hoje usufruímos. (tradição do português é celebrar com um belo petisco e uma grande caracolada)
Dia seguinte. primeiro domingo do mês maio. Dia da Mãe. Por acaso ou não, está relacionado com a primeira efeméride que mencionei, uma vez que também o dia da liberdade muito se relacionou com a afirmação do povo feminino. Este dia celebra as mães que, todos os dias, amam, lutam, sacrificam-se e dedicam-se aos seus filhos. Com índole católico, fazendo referência a Maria, destaca a mulher que dá a volta ao mundo pelo(s) seu(s) rebento(s). No entanto, como reverso da medalha, é também o dia, em que aqueles que já não a têm fisicamente, recordam as saudades que se mantêm, dia após dia, e dão ênfase à sorte que os demais detêm por ainda a terem, lado a lado.
Com isto, pensemos sobre estas efemérides, de forma a ponderar que elas existem por uma determinada razão. Festejamo-las, para que não sejam caídas em esquecimento e na banalidade. Mais um dia, igual aos outros.
Quer conquistas do nosso povo, quer luta pelos direitos, quer valorização do seio familiar, pertence à nossa socialização e, claro, à nossa história enquanto indivíduos neste mundo. Celebremos e valorizemos o que a vida tem de melhor.
Beatriz Roldão, a68252