Com(tradição)

A partir de Julho de 2014, Portugal sofreu uma revolução no que toca aos transportes com a entrada da UBER no mercado nacional, no entanto a questão que tem de ser colocada é a seguinte, “ Para quê uma inovação e mudança de serviços?”, essa pergunta faz realmente sentido, “Para quê?”, quando os nossos taxistas são trabalhadores honestos que nunca tentam ganhar mais um tostão ao ir pelo caminho mais longo, que nunca recusam viagens por serem demasiado pequenas, que têm sempre o carro em impecáveis condições e se apresentam como verdadeiros motoristas e não como bebâdos que acabaram de sair do café depois do jogo de futebol da sua equipa favorita, repito, “Para quê?”. Esta nova funcionalidade de transportes privados apenas apresentará uma concorrência nunca antes experienciada pelos taxistas que sempre tiveram todo o monopólio, e que não se encontram dispostos a dividir, defendendo que um condutor UBER não está legalmente tão preparado como um taxista, sendo que o que difere entre o taxista e o condutor UBER é nada mais nada menos que a licença de táxi que custa acima de três mil euros, para além do facto que os condutores UBER revelam na maioria menos conhecimento topológico que o próprio taxista, mesmo que ambos usem um sistema de GPS semelhante, para além disso a comodidade de um táxi tradicional é equivalente ou melhor do que a viatura onde os condutores UBER se deslocam pois não é uma viatura registada em nome do estado mas sim de um indivíduo ou comapnhia privada, sendo isso um possível problema à segurança do passageiro. Em traços gerais o que é correto é seguir a rota tradional e “dar” dinheiro as taxistas, que darão depoisuma parte ao estado e assim todos continuamos num círculo de trocas perfeito entre Estado, consumidor e taxistas, eliminando todas e quaisquer inovações que venham contra-balançar o “equilíbrio” do poder.. ou não. 61423 Leonardo Mascarenhas

publicado por - fcar - às 22:01 | comentar | favorito