Ano Novo Vida Nova
Todos os anos me garanto do mesmo: Passar a meia noite do ano novo com quem vivi os melhores momentos do ano que passou, para tentar que estes migrem para o ano que se segue. Certifico-me também que no dia 31 faço uma introspeção daquilo que foram os meus pontos altos e baixos do ano, de modo a repetir ou mudar.
-Comer melhor;
-Levantar-me cedo;
-Fazer mais exercício físico;
-Procrastinar menos;
E aqui continuava nesta lista tão grande, de coisas que no momento acredito tanto que considero possíveis, mas que nunca, jamais, em tempo algum iriam realmente para a frente.
No início tento, depois vou esquecendo, até perder por completo a vontade de fazer qualquer um desses esforços.
Mas o pior vem a seguir. O peso que carrego por ter falhado, mais uma vez, mais um ano. "Não foste capaz de novo?" Que tortura esta de criar expectativas de coisas que sei que nunca vão acontecer.
Este ano esqueci tudo. Não fiz listas, não reuni ideias nem me impus qualquer expectativa. Passei só. Passei o ano, com quem mais desejei, sim, mas sem qualquer tipo de pressão. Apenas no momento.
Que tempos difíceis estes que vivemos para perdermos tempo com as expectativas inúteis que impomos a nós próprios.
Ano novo, o resto logo se vê.
Leonor Duarte, a71859