A Linguagem Corporal
Não será mentira afirmar que as palavras não expressam completamente o que sentimos, ora porque não conseguimos definir os nossos sentimentos ou até mesmo porque queremos esconder algo, já que é muito mais fácil controlarmos o que falamos do que controlarmos o nosso próprio corpo.
Um estudo da Universidade da Califórnia mostrou que apenas 7% da nossa comunicação é baseada nas palavras. Quanto ao resto, 38% vem do tom de voz e os restantes 55% provêm da linguagem corporal. Visto que essa forma de comunicação é tão importante, escolhemos quatro ações inconscientes e o que estas significam. Para uma melhor compreensão, recolhi três exemplos que nos ajudam a perceber esta ideia.
Quando um indivíduo cruza as pernas, os braços, ou ambos é sinal comum de que a pessoa está irritada ou rejeita a situação a qual está a passar. Braços e pernas cruzados são vistos como barreiras físicas que sugerem que a outra pessoa não está aberta ao que se está a dizer. Mesmo que se apresentem com um sorriso e simpatia, a linguagem corporal demonstra outra coisa. Gerard Nierenberg e Henry Calero gravaram mais de 2000 negociações para um livro que escreveram sobre leitura de linguagem corporal, e nenhuma dessas negociações terminou em um acordo quando uma das partes estava com as pernas cruzadas ao negociar. Psicologicamente, pernas ou braços cruzados sinalizam que uma pessoa está mentalmente, emocionalmente e fisicamente bloqueada do que está na frente deles. Não é intencional e é por isso que é tão revelador.
Estudos mostram que a direção dos olhos pode dizer-nos o que a outra pessoa está a sentir ou a pensar. Por exemplo, as pessoas tendem a olhar para a direita quando tentam lembrar-se de um som (uma música, um nome, entre outros…) e à esquerda quando pensam em algo visual (cor, forma, entre outros...). Olhar para a direita também mostra que a pessoa está a utilizar a imaginação e com pensamentos criativos, porém também pode significar que estão a mentir.
De acordo com o Psychologist World, sentimentos e emoções positivas em relação a alguém podem alterar nossa taxa de intermitência, fazendo-nos piscar com mais frequência do que a média de 6-10 vezes por minuto.
Na próxima vez que conversarem com alguém, reparem na posição da outra pessoa, na forma como falam e que tipo de expressões ou hábitos têm, pois, a linguagem corporal pode-nos dizer muito o que uma boca não diz.
Beatriz Almeida a68248