A hipocrisia e o virar da cara

            Os meios de comunicação tomaram a guerra que eclodiu entre a Rússia e a Ucrânia aproveitando-se para conseguirem cimentar as suas ideias da Rússia no mundo inteiro. Após os primeiros movimentos militares de ambos os lados, os media já estavam preparados para os ataques que poderiam criar contra a Rússia. Enquanto, condenam a guerra e todas as suas variáveis, idolatram certas atitudes feitas pelos países ocidentais.
            Enquanto Zelensky é inaugurado como o exemplo de líder e glorificado daqui aos céus, é esquecido por completo, as casualidades que ambos os lados sofrem, as sanções que estão a ser colocadas na Rússia que no final do dia é o povo que paga e mais uma vez sofre, e o aumento de impostos e preços que todos os países da Europa sofrem neste momento e assim tapam e calam as vozes que reclamam.



            O presidente da Ucrânia, há muito criticado pelas suas ligações a partidos neonazistas com apoios do Batalhão Azov e da forma como subiu ao poder, tornou-se um ídolo nos meios de comunicação e redes sociais. Os refugiados foram recebidos de  braços abertos, e muito bem, com humanidade e pena. Líderes de países discursaram e combateram contra as palavras de Putin, que há muito quebra acordos e direitos humanos. Mas onde está essa ferocidade da UE quando se fala do Médio Oriente? Dos refugiados que fugiram de guerras, tais como a da Ucrânia e da Rússia, conflitos criados pelos interesses das potências mundiais. Vidas que foram retiradas e transformadas em percentagens? Onde estava essa atitude quando os palestinos pediram ajuda?
            Os meios de comunicação pintaram-nos como terroristas e de como alguns casos representavam a comunidade toda. A humanidade aí já não estava de braços juntos, como devia de estar. Condena-se a guerra, mas só quando nos toca, e infelizmente, devido a um conflito de interesses, entre duas figuras políticas, a Europa e a vida de muitas pessoas, tornaram-se no palco e os seus respectivos adereços.



            Nestes contextos, o culto de personalidade já não existe, não se é glorificada a forma como se lida com a Guerra. Mas, nesta nova guerra, os media são apanhados a alterarem os pontos de vista das pessoas, e nada se faz, entretanto o passado é desfocado e as narrações modificadas para apaziguarem os estereótipos criados nas massas.



            Os interesses ocidentais, as potências e até mesmo a UE apoderaram-se de situações de morte e vida e criaram o seu jogo de monopólio, enquanto russos, ucrânianos, palestinianos e muitas outras vidas inocentes são arrancadas e violadas pelo prazer ganancioso.


Cátia Coutinho a72850 

publicado por - fcar - às 21:00 | comentar | favorito