Vivemos num mundo em que estamos apenas a um milímetro de um toque para termos tudo o que queremos. A existência de espaços físicos já não é relevante, pois podemos comprar o que desejamos sem sair do nosso espaço de conforto. «A tecnologia vai estar cada vez mais invisível, apesar de ela estar mais presente», segundo Paulo Iudicibus , director de novas tecnologias da Microsoft.
Tendo em conta todas as alterações que temos vindo a sentir no mundo das tecnologias, será que a família vai conseguir «escapar» a esta mudança que acontece à velocidade da luz? A minha resposta é não. Cada vez mais, a educação das crianças é trocada por um tablet ou por um jogo de telemóvel. Não há tempo. Nem consideração. A geração que se está a criar hoje é o nosso futuro e, de certeza, que as coisas não se estão a fazer da melhor maneira.
Há uns tempos os jogos e as brincadeiras eram feitas com amigos na rua, agora, os pais dão aos filhos tecnologias para ocuparem o tempo livre . Haverá um lado bom nesta realidade? Questiono-me.
Catarina Palma, nº51854
Lembro-me como se fosse hoje que, quando era criança, passava maior parte do meu tempo na rua, ou a brincar ou até mesmo a conviver com as crianças da minha idade. Agora? É rara a criança que sai a rua, que brincar, que socializa e... Se o fizer é um tablet ou num computador. Para além disso, antigamente, ter um telemóvel era um luxo, luxo esse que, hoje em dia, é extremamente desvalorizado. Conheço crianças de 11 anos com um telemóvel e, por incrível que pareça, com Iphones.
É verdade que tudo na vida evolui, mas acho incompreensível estas situações.
Beatriz Teixeira, 52791
Beatriz Teixeira a 6 de Dezembro de 2015 às 01:57
Como em tudo na vida, a tecnologia trás tanto coisas boas como más. Neste caso ,especificamente, penso que é algo mau, pois já não vemos miúdos na rua a brincar, a correr, a jogar como víamos antigamente, hoje em dia só vemos crianças com telemóveis, tablets, PSP, etc. Já não existe aquela vontade de ir brincar com os amigos para o pátio ou para o parque , os miúdos preferem ficar em casa "agarrados" ás novas tecnologias. E a pior parte é que se já é mau agora, imagina daqui a 10 anos quando a tecnologia estiver ainda mais avançada.
Inês Figueiras nº50822 a 7 de Dezembro de 2015 às 02:17
Considero a temática presente neste comentário bastante atual e adequada. Esta pergunta paira muitas vezes na minha mente: Até que ponto nos afastamos de quem está ao nosso lado para nos aproximarmos de quem está do outro lado do Oceano? Na minha opinião, as novas tecnologias vieram certamente estreitar laços, pois podemos manter uma relação mais contínua com quem está longe. Todos nós estamos à distância de um clique. Apesar do que foi dito anteriormente, penso que não deveríamos ignorar quem está ao nosso lado, pois são essas pessoas que realmente importam. O campo das relações interpessoais está a sofrer drásticas mudanças.
Concluo o meu texto deixando-vos uma frase célebre de Einstein: " Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, pois aí o mundo terá uma geração de idiotas. "
Stefanie Palma a 7 de Dezembro de 2015 às 15:00
Tal como em tudo na vida, há um lado positivo e um lado menos positivo. Na minha opinião, a facilidade que as crianças têm hoje em dia na utilização das novas tecnologias, poderá ser benéfica, para o seu futuro, quer a nível escolar como, mais tarde, a nível profissional. É certo que não sabemos o que o futuro nos reserva. Mas, podemos perspectivá-lo. Neste sentido, é legitimo afirmar que tendo em conta o avanço das tecnologias nos últimos anos, a "coisa" não ficará por aqui. Se assim for, nas escolas, os livros darão lugar aos tablets e aos computadores e, no mercado de trabalho, não haverá mais canetas e blocos de notas. Logo, as crianças de hoje, já familiarizadas com estes equipamentos, não terão, certamente, qualquer tipo de dificuldade na adaptação. Contudo, volto a frisar que também há um lado negativo. A utilização das tecnologias por parte das crianças não pode ser excessiva, nem tornar-se uma dependência. Tem que haver controlo quer por parte dos pais, quer por parte dos professores que não devem incentivar, de forma alguma, o uso de equipamentos (como tablets) em contexto escolar.
Neusa Jesus a 8 de Dezembro de 2015 às 19:16
A família e as tecnologias!...
A história ao longo dos tempos, mostra-nos que cada vez que há uma evolução num meio de comunicação há uma alteração na forma como comunicamos uns com os outros.
A evolução das tecnologias tem sido fundamental para a evolução da sociedade, a rapidez com que passámos a comunicar com a utilização do telefone, telemóvel, internet a longas distâncias deu-nos a facilidade de entramos em contato com os outros sem que tenhamos de nos deslocarmos, veio assim suprimir os custos de deslocações e rapidez na comunicação. Porém, o que eu constato no meu dia a dia, é que temos uma sociedade completamente viciada no telemóvel, onde a palavra foi substituída por mensagens escritas, chegando ao ponto das pessoas estarem sentadas à mesma a uma distância de 50 centímetros e em vez de falarem, limitam-se a escrever no telemóvel. Perante tal realidade, questiono-me muitas vezes, como é que esta sociedade no futuro vai conseguir viver em família, gerir relações, partilhar afetos?
Janine Jesus a52612
Anónimo a 9 de Dezembro de 2015 às 01:16
Concordo plenamente contigo. Hoje em dia tudo é bom desde que mantenha os filhos quietos. Tablets, telemóveis,, não importa, tudo para os entreter, e nada do que havia antigamente que tanto nos educou. Não somos a geração perfeita mas ainda sabemos conviver minimamente e brincar sem precisar de tecnologias.
A próxima geração será centrada no egocentrismo e no narcisismo pois já não se cultiva o espírito de brincar em equipa como antes.
Emídio Pontes a 9 de Dezembro de 2015 às 15:54