A comunicação dentro dos cuidados paliativos
Atualmente vivemos numa sociedade repleta de informação e conhecimento, onde a comunicação tem um papel crucial. A comunicação é feita através da palavra, no entanto, esta pode apresentar um valor bastante peculiar, que quando usada de forma errada poderá causar danos.
Entende-se então, que a comunicação é uma parte indispensável na vida do ser humano, por ser um processo tão natural que nos acompanha desde sempre, sendo através desta que advém a nossa educação e capacidade que temos em estabelecer ligações interpessoais. Comunicar é algo de extrema importância, pelo facto de sermos seres sociais e de necessitarmos da comunicação para viver em sociedade, por questões de sobrevivência, realização pessoal e/ou profissional ou até mesmo no âmbito do sucesso, sendo de extrema importância saber comunicar nos mais diversos contextos.
Assim, irei falar da importância da comunicação dentro de um contexto específico: os cuidados paliativos. Estes dizem respeito, a uma abordagem de assistência ao paciente sem possibilidades de cura, com o objetivo de proporcionar-lhes uma melhor qualidade de vida, a partir, essencialmente, de uma boa comunicação, sobretudo no campo do cuidado ao paciente terminal, nunca esquecendo de prestar apoio aos familiares.
Deste modo, neste tipo de comunicação é o bom humor é inerente aos que assistem estes pacientes sem possibilidade de cura, pois está relacionado com a própria filosofia dos cuidados paliativos. Este é um componente valioso da comunicação e do cuidado compassivo, que é considerado uma dimensão do cuidado emocional. No entanto, este tem de ser usado com cautela em situações de crise, discussões sérias e quando há altos níveis de ansiedade, para não ferir a dignidade humana.
O otimismo, também deve predominar, mas se for mal utilizado é transmitida uma mensagem artificial, onde os sentimentos negativos e necessidades emocionais do paciente são desconhecidas pelo profissional. Portanto, é essencial manter a esperança e otimismo sem que se ignore o prognostico do doente.
Constatamos então com isto, que os pacientes necessitam de um acompanhamento contínuo por partes dos profissionais de saúde e familiares, para sentirem um certo conforto, por sentem-se amedrontados com o facto de enfrentarem a morte sozinhos, pois para estes o relacionamento humano é a essência deste serviço, que sustenta a fé e a esperança nos momentos mais difíceis. Expressões de compaixão e afeto na relação com o outro trazem a certeza de que somos parte importante de um conjunto, o que traz sensação de consolo e realização.
Em suma, o modo como se comunica nos cuidados paliativos é crucial, para que haja uma comunicação certeira, transparente e delicada, nunca ocultando a realidade do diagnóstico do doente em fase terminal.
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