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Mai 22

A24 e o seu sucesso

A24



 



Nos últimos anos têm-se assistido à ascensão de filmes “indie” (filmes independentes, que normalmente não trabalham com grandes orçamentos e produção de grandes estúdios), seja nas bilheteiras ou até mesmo sucesso crítico.



Um dos estúdios responsáveis por esta mudança de paradigma nos últimos anos é o estúdio norte-americano A24, que, em apenas 10 anos de existência, já têm no seu porte mais de 30 nomeações nos Óscares e múltiplas vitórias



O seu processo para escolher e apoiar filmes normalmente baseiam-se em películas que prometem criatividade, intriga e enredos que fogem ao público geral, o que nos últimos anos têm causado uma criação duma audiência bastante específica, mas que promete crescimento.



A relação entre o estúdio e a sua “fan-base” é cada vez maior e apesar dos filmes do estúdio norte-americano serem específicos e feitos para certos grupos de pessoas, o apoio da audiência não parece ter fim.



Num contexto onde o cinema indie é cada vez mais relevante e presente tanto nas bilheteiras como nos críticos, a A24 é coletiva perfeita para elevar estes filmes ao próximo nível, o futuro do cinema indie está em muito boas mãos. 

Daniel Fernandes

a71796 

publicado por - fcar - às 15:15 | comentar | ver comentários (1) | favorito

O dia em que passei no meu exame de condução

Que dia tão atribulado e longo que foi 4 de março de 2022.
Acordo de manhã, mais cedo que o normal para uma sexta-feira, ansioso mas só o suficiente, não estou a pensar muito sobre o exame de condução. Diria que correu tudo bem, o normal para o resto das pessoas, demasiado normal para escrever uma história apenas destinada ao exame de condução já que passei à primeira sem qualquer preocupações. A primeira pessoa a saber foi a minha namorada, os meus pais nem sabiam que eu ia ter exame nesse dia. Decidi fazer-lhes uma surpresa, deixando encima da cama do quarto dos meus pais, um papel que confirmava o levantamento do título de condutor. Mal sabia eu que eles não iam entender o que aquilo significava e que iriam pensar que eu estava a mostrar-lhes um papel de um imposto qualquer que teriam de pagar. Só iriam ficar a saber no dia seguinte, através da minha tia, que ficou a saber através do seu filho (o meu primo) que tinha mencionado que viu a minha carta de condução num snap que eu mandei no dia 4, a mostrar ligeiramente a minha carta sem falar muito sobre o assunto porque eu não me queria gabar. Oof, que corrida de obstáculos que foi esta frase... A segunda pessoa a saber, foi um amigo meu que me tinha desejado boa sorte na noite anterior, mas claro que eu lhe liguei a dizer que chumbei, e só lhe disse a verdade após ele me ter tentado consolar. No mesmo dia, quando voltei às aulas, não confrontei ninguém com a intenção de lhes contar o que tinha acontecido naquela manhã, a não ser que me perguntassem pessoalmente a razão da minha ausência. Apesar de estar bastante feliz por ter passado pelo exame, continuava muito ansioso para o filme que iria ver no cinema nessa noite, que já há algum tempo que antecipava a sua estreia nos cinemas. Como já tinha falado anteriormente com a minha instrutora de condução, este filme iria contar como recompensa/celebração por ter passado no exame de condução, ou como consolo caso eu chumbasse, que não foi o caso. As aulas já tinham acabado nesse dia, por esta altura só esperava a hora do jantar para ir com os meus amigos ver o tal filme e celebrar a minha merecida carta de condução, vou ao telemóvel para ver se me distraio com algo, e não é que descubro que é também o 100º aniversario do filme Nosferatu, um grande clássico cinematográfico na história do cinema, que saiu a 4 de março de 1922 na Alemanha. Que grande sorriso estava espancado na minha cara, já não era possível arruinar aquele dia de forma alguma. No final da noite, após ter finalmente visto o tão esperado filme, que já agora é o The Batman (2022) de Matt Reeves, estava com aquela mini sensação de transe que se tem quando acabamos de ver algo incrível, seja um filme, uma música, uma peça de teatro, etc. Com quase 3 horas de filme, The Batman conseguiu superar as minhas expectativas, deixou todos os meus amigos bastante alegres com o filme, mesmo aqueles que não apreciam tanto ir ao cinema, e definitivamente que deu para falar sobre o filme a viagem toda para casa. O caminho para minha casa ainda era longo, quase uma hora de viagem, já era de madrugada, felizmente o meu amigo deu-me boleia, já que é praticamente meu vizinho. Ao chegarmos a uma localidade perto da minha casa, o meu amigo lembra-se e diz algo do género: "É verdade! tu já tens carta! Não queres conduzir até casa já que tu conheces bem este caminho?" e eu claro que aceitei. Trocamos de lugares, ajustei o banco e o espelho, gravamos um pequeno vídeo de entusiasmados que estávamos pois era a primeira vez que estava a conduzir com carta. Sem exagerar, acho que nem conduzi 70 metros, fui em direção a uma rotunda e para minha surpresa estava uma operação de "stop". A policia simbolizou para eu parar o carro, e como era o meu primeiro dia de carta estava muito empolgado e sorridente, mas ao olhar para o lado, noto que o meu amigo está a stressar porque com anos de carta, ele nunca tinha sido mandado parar pela policia. Falo com o agente da policia, era cerca de 1:00 da manhã e cumprimento-o formalmente mas empolgado. Ele pede-me os meus documentos e os do carro, no qual eu apresento os meus e o meu amigo está à procura freneticamente no porta luvas dos documentos do seu carro. Enquanto isso, tenho uma conversa com o agente de como estava empolgado por ser o meu primeiro dia com carta, e este também empolgado diz: "ai é? então bora lá assoprar o balão". Viro-me para o meu amigo para dizer que vou assoprar o balão e que vai ser muito fixe, mas acho que a cara dele não acompanhava o meu animo. "olhe isto não pode acusar nada porque eu acabei de sair do cinema e só bebi uma coca-cola." digo eu para o agente após assoprar para a maquina através de uma palhinha de plástico, ao qual este responde com "pois então deve ter sido coca-cola Zero" no qual este mostra o indicador da máquina que tem 0. O agente super simpático deixou-nos ir embora, apesar de não termos mostrado os documentos do carro. Finalmente chego a casa para dormir e eternizar aquele dia.

Hoje tenho dois meses de carta e já fui parado duas vezes pela policia, apesar da segunda vez não ser uma história tão empolgante, mas mais assustadora, mas acho que terá de ficar para uma próxima.   
publicado por - fcar - às 13:38 | comentar | ver comentários (3) | favorito (1)

A Fotografia

A fotografia está ao alcance da maior parte de nós. Conseguimos obtê-la através das nossas máquinas fotográficas, dos nossos telemóveis, smartphones e computadores. O que antigamente apenas se conquistava com uma máquina de grandes dimensões, hoje consegue-se através de uma câmara de apenas 2 cm. Este pequeno objeto é capaz de registar e partilhar momentos, à distância de um simples clique. 

Vivemos assim numa sociedade de comodidades. A fotografia do séc. XXI funciona como um auxílio às nossas tarefas diárias. Hoje, até já fotografamos apontamentos e notas escritas em papel, para que sejam mais fáceis de consultar, funcionando a fotografia como um instrumento de memória. Esta permite-nos também assinalar grandes momentos das nossas vidas, como também simples ocasiões, e que pretendemos recordar. É indiscutível que não necessitamos de elementos físicos para nos lembrarmos do passado, mas também é irrefutável que a fotografia nos lembra de momentos guardados. Torna-nos nostálgicos e funciona para nós como uma máquina do tempo. 

Assim sendo, a fotografia já não trata apenas de tentar aprisionar um momento na nossa memória, mas em rentabilizá-lo como uma ferramenta para a atualidade.

Gonçalo Sofrino – a71875

publicado por - fcar - às 11:45 | comentar | ver comentários (7) | favorito

CRÍTICA AO FILME "SPENCER"

Spencer estreou nos cinemas portugueses a 4 de novembro de 2021 e é um drama biótico de Pablo Larraín (conhecido por Jackie e Ema) e escrito por Steven Knight (Peaky Blinders), retratando a vida da princesa Diana num fim-de-semana de Natal. Passa-se em Queen’s Sandrigham com a presença de toda a família real, incluindo o príncipe Charles, protagonizado por Jack Farthing e Diana (Kirsten Stewart). O filme pode ser descrito como um momento de tensão entre o casamento dos dois, culminado por rumores de casos extramaritais e a pressão da Coroa, que expõe a vulnerabilidade de Diana e a fragilidade do seu estado mental.
Steven Knight brilha como guionista neste filme com o método arrojado e inusual de retratar a família real. Afirmou para IndieWire que “queria que se parecesse como uma história de terror porque é um conto de fadas. E a maioria dos contos de fadas são apenas histórias de terror com um final feliz.”. Larraín e Knight foram a conjunção perfeita para realizar este filme, onde ambos decidiram sair da bolha dos mainstream media e focarem-se num público-alvo que entenda a verdadeira essência deste projeto e a sua cinematografia intimidante.
Kristen Stewart toma este desafio com sucesso e torna-se, facilmente, a maior qualidade deste filme. É de notar que o papel da princesa já tomou várias facetas, mas Stewart entende e mostra, na perfeição, a atitude angustiante e deprimida de Diana em detalhes como o seu tom de voz dorido, os olhos chorosos e o seu olhar virado para o chão. No início, a sua postura pode parecer estranha, mas, no momento em que o filme atinge (um dos seus vários) pontos de clímax, é impossível reconhecer onde Stewart acaba e Diana começa.
Todos os cenários são desenhados e criados com um tom melancólico e fechado e leva a audiência a emergir, completamente, na perspetiva de Diana, entendendo a ténue linha entre a sua sanidade mental e a preocupação pelos filhos. O filme deixou para trás a família real e focou-se inteiramente na princesa, com metáforas evidentes, referências a Ana Bolena e adição de personagens fulcrais (e baseadas em pessoas reais que interagiram com a verdadeira Diana Spencer).
É inovador, profundo e doloroso – há inúmeras cenas que puxam pelos “cordões” do coração do público, nomeadamente a sequência do primeiro jantar de família – mas a verdadeira estrela deste filme é Kristen Stewart e todo o estimo que sucumbiu por este papel é fortemente justificado. Uma nomeação como Melhor Atriz pela Academia é um mérito enorme, e ter perdido para alguém grande como Jessica Chastain é compreensível. No entanto, e numa nota pessoal, o papel de ambas é imcomparável. Jessica Chastain, que já fez inúmeras perfomances arrebatadoras, assumiu a pele de Tammy Faye num filme que se deixou levar pelo nevoeiro dos media e foi rapidamente esquecido (ou nem sequer notado). É uma personagem mediática, que utiliza muito dos seus props para resultar enquanto Kristen em Spencer é a réplica perfeita de Diana, que a única coisa adicional que utiliza em seu favor é um colar de pérolas. Os seus dias de Twilight foram um começo sensacional, mas o seu potencial é agora.
Beatriz Castilho a64580
publicado por - fcar - às 11:44 | comentar | ver comentários (2) | favorito

CRÍTICA AO FILME "TUDO, EM TODO O LADO, AO MESMO TEMPO"

AVISO: SPOILERS
É perfeito. A comédia - crua, parva com coisinhas como racacoonies e chewbaccas, caricatas como as legendas de uns " ha ha ha" entre duas pedras e inteligentes em momentos como o nosso grande bagel - as referências aleatórias ao mundo do cinema com as mudanças do aspect ratio só para dar aquele toque de "temos personalidade e quê?", a cinematografia maluca bombástica e o ritmo acelerado ansioso.
Não é um filme simples e não é um filme complicado e talvez seja isso que me deixou inteiramente agarrada ao ecrã. A mudança entre os temas sci-fi (e as explicações científicas bizarras) e a sua filosofia niilista desorganizaram a minha linha de foco e, ao mesmo tempo, permitiram me manter o meu nível de intriga a 100% durante todos os minutos do filme.
Foi como se este fosse o meu primeiro filme da vida e não percebesse nada nadinha de cinema, e foi tão bom sentir me assim.

Mas aqui queria deixar uma notinha pessoal também:
Para mim é complicado organizar-me mentalmente, confesso que com cada auto descoberta que faço sinto este processo melhorar mas, de qualquer forma, o caminho são biliões de quilómetros e cada obstáculo ultrapassado é só um passo em frente. A joy personifica isto que vivo quase todos os dias da minha vida, e fiquei no chão quando me apercebi que a ferida estava a ser tocada na íntegra (e com álcool deixem que vos diga). A dor no desespero de não ser a única a sentir se assim foi grande e sentiu-se em todos os meus poros mas o que foi completamente arrebatador foi quando a única pessoa que ela realmente esperava que a entendesse era a sua própria mãe.
Acho que a maior parte de nós anseia pelo momento em que as nossas mães finalmente entendam a parte de nós que é inexplicável mas e se as vossas mães finalmente entendessem? Evelyn colapsou sobre si própria, uma desistência geral notou-se em tudo e em todo o lado e aqui apercebi-me que se calhar não quero que a minha mãe perceba.
A ginástica mental que Evelyn fez pelos minutos seguintes tocaram me nos cordões do meu coração pois é algo que eu consigo inteiramente relacionar-me. E talvez esteja alguma verdade por de trás disso (ou não seria eu uma romântica em todos os espectros) (e uma ávida fã de ser boa pessoa e de boas pessoas) mas quando dói, dói demasiado e todos sabemos que eventualmente volta a doer, e  Joy entende isto.
A cena final foi arrepiante. Um diálogo perfeito que não precisou de muita bugiganga para ir direto ao ponto e atingir exatamente o que queria atingir (que neste caso foi o meu coração). A lição de moral ainda é muito abstrata na minha cabeça para transferir por palavras ou talvez seja eu que ainda não consiga justificar a persistência de Joy e Evelyn em escolherem ficar... O que é garantido aqui é que escolhas moldam-nos. Às vezes é só questão de as fazermos e rezar que sejamos o único universo que tenha twitter.

Beatriz Castilho a64580
publicado por - fcar - às 11:39 | comentar | favorito

Elon Musk e a Colonização de Marte

Atualmente, Elon Musk, é uma das sensações do mundo tecnológico. Elon Reeve Musk é um empreendedor da tecnologia, que nasceu na África do Sul no dia 28 de junho de 1971. Com 50 anos de idade, é o fundador da empresa TESLA e da SPACEX, e pretende colonizar o planeta Marte através do lançamento de naves espaciais. 
Marte foi o planeta escolhido para a colonização devido a ser um dos poucos planetas perto da Terra que são habitáveis. Devido à sua distância ao sol, Marte consegue ter uma temperatura relativamente amena e uma boa exposição solar. O planeta dispõe ainda das dimensões necessárias para possuir uma atmosfera. Devido a ser composta maioritariamente por nitrogénio e árgon, é possível gerar vegetação em Marte o que prova que a vida no planeta é possível. A gravidade em Marte é aproximadamente 38% da que temos na Terra, portanto seria possível levantarmos coisas mais pesadas do que às que estamos habituados.
O empresário não tem somente o objetivo de colonizar Marte, mas sim de criar um conjunto de leis para o planeta, uma vez que as leis terráqueas não terão qualquer tipo de validade no planeta. 

Assim sendo, Marte passaria a intitular-se de “autónomo” e “autossustentável” seguindo leis que nada têm a ver com o nosso planeta azul. Ao longo do tempo o esforço para a colonização por parte da SpaceX tem sido intensificado, sendo que está atualmente a ser construída uma nave no Texas. Musk está confiante e afirma que, provavelmente, até 2024 será lançada uma nave não-tripulada cheia de bens essenciais para dar início à colonização do planeta. 

Gonçalo Sofrino - a71875

publicado por - fcar - às 11:32 | comentar | ver comentários (3) | favorito
28
Mai 22

O uso da Nanotecnologia no combate ao cancro

Hoje em dia, quando se está a lidar com cancro, a sua deteção prematura é um fator extremamente importante para o seu combate e para a aplicação de um tratamento correto e de sucesso.



A nanotecnologia consiste em manusear os nanômetros – unidade métrica que corresponde
à bilionésima parte do metro, para manipular a matéria de um átomo ou de uma molécula. Ao longo dos anos, tem vindo a ser utilizada em vários ramos das ciências, nomeadamente a tecnologia, a física, a química, a engenharia e claro a medicina.



Mas como é que esta tecnologia tão inovadora surgiu? Foi em 1981 que conseguimos, pela primeira vez, ver um átomo individualmente. Isto deveu-se á criação da STM (Scanning Tunneling Microscope) em português “Microscópio de corrente de tunelamento” um dos instrumentos mais importantes nesta ciência, que permitiu a observação de átomos e por contrapartida deu início á nanotecnologia.



A nanotecnologia na saúde é uma das inovações mais revolucionárias dos últimos tempos, tendo vindo ela a trazer progressos muitos significativos nesta área de campo. Como referimos previamente, a nanotecnologia tem acesso às células mais profundas do nosso organismo e devido a isso é uma mais valia visto que chega onde o equipamento médico não pode. Com o seu desenvolvimento, podemos chegar a criar drogas artificiais, regenerar os tecidos corporais humanos e lutar contra vírus e bactérias.



Nos dias de hoje, esta tecnologia é a nossa maior esperança na cura de doenças como Alzheimer e cancro.



No que toca ao diagnostico de cancro, nanopartículas estão a ser aplicadas para capturar biomarcadores de cancro (indicador mensurável da severidade, ou presença do estado de alguma doença) nomeadamente a procura de ADN de um tumor circular, células tumorais, proteínas associadas ao cancro e exossomas. A vantagem das nanopartículas na deteção do cancro é que estas podem eventualmente ser capazes de detetar as células malignas, apontar a sua localização no corpo e matar as células antes que se espalhem.



Embora seja uma área relativamente nova que ainda está a dar os seus primeiros passos, é surpreendente poder ver os seus resultados e a sua contribuição para as ciências, nomeadamente na criação de chips, biomateriais, semicondutores, entre outros…   



Certamente, um dia, será possível podermos ouvir as notícias e ver mais um grande avanço na cura do cancro ligado á nanotecnologia.                                                



 Catarina Lopes nº71897

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24
Mai 22

Estágios não remunerados: oportunidade ou exploração?

O estágio é por definição um período no qual os estudantes ou recém-formados podem colocar em prática o que aprenderam. Esse período tem diversos formatos: para alguns cursos, faz parte do plano básico de estudos, e não são remunerados. Para outros, acontecem externamente à universidade e podem ou não ser remunerados.



O estágio tem como propósito introduzir novos profissionais no mercado de trabalho, assim como uma forma de adquirir competências técnicas. As vantagens seguem-se por adquirir e consolidar conhecimentos, experiência em determinadas funções e consequentemente, facilidade de entrar no mercado de trabalho, enriquecimento do CV e a possibilidade de criar uma boa rede de contactos.



Por outro lado, em muitos casos os estágios não remunerados não são estágios de qualidade focados na aprendizagem, ou seja, os benefícios são, quase que totalmente, para as empresas. 

Considerando que o ensino universitário não é gratuito em Portugal, estamos perante um contexto que já exclui jovens da possibilidade de estudar. Quem não fica excluído deste direito irá enfrentar desafios posteriores, pois quando finalmente termina o curso as oportunidades existentes são quase exclusivamente estágios não remunerados. Esta situação promove ainda mais desigualdades, pois enquanto algumas pessoas têm capacidades económicas para aceitar estes estágios, outra não têm e, por isso mesmo, ficam estagnadas na sua carreira e com empregos noutras áreas, com o único fim de cobrir os seus custos de vida inerentes a qualquer pessoa. 

Lia Revés, a71738

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O Declínio do Jornal Impresso

Com o passar dos anos, a compra dos jornais em papel tem-se revelado um negócio em declínio. Isto deve-se ao facto de as publicações estarem a mudar para formatos digitais, o que tem levado à diminuição do consumo do formato impresso.



O jornal digital oferece múltiplas vantagens comparado com o jornal impresso. A versão digital dispensa o papel, tornando o processo produtivo ecologicamente sustentável. O conteúdo consegue alcançar um público mais abrangente, uma vez que permite o acesso a todos os leitores de outros países. A difusão de informação pela internet ocorre em tempo real, o que permite que as notícias sejam transmitidas muito rapidamente. Os custos financeiros do jornal digital são menores que os do jornal impresso. E, por fim, o acesso online às edições e ao banco de dados e de imagens do jornal, permite a consulta à memória histórica dos acontecimentos reportados.



No entanto, outra das razões que leva ao declínio dos jornais impressos são os novos hábitos de leitura. A internet é vista atualmente como a principal fonte de informação e a sua facilidade permite uma maior aderência de leitores ao conteúdo digital.

Lia Revés, a71738 

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22
Mai 22

Jornalistas e/ou Comentadores

Em linguagem dicionarística, ser comentador é comentar as notícias e as atualidades, e ser jornalista é pesquisar os factos para redigir artigos e notícias (entre muitas outras atividades). Todavia, a complexidade do real torna essa distinção mais difícil. Com efeito, as linhas estruturais do jornalismo estão em mutação, tanto que o discurso unilateral, de produtores de notícias para consumidores de notícias, é substituído por processos multilaterais, onde a informação evolui para o diálogo (Fidalgo, 2009, p. 2).

Por um lado, não existe um consenso quanto à designação de comentador. Até porque surgem comentadores, igualmente jornalistas. Contudo, podemos considerar por comentadores “o conjunto de colaboradores permanentes, que cada jornal assume como os seus produtores formais de opinião” (Figueiras, 2005). Por outro lado, o papel de comentador é também atribuído a cidadãos comuns, pois “a rádio e a televisão além de chamar especialistas a darem o seu parecer e a justificarem-no, entrevistam cidadãos anónimos para se pronunciarem sobre o assunto em causa” (Fidalgo, 1996).

Ainda assim, podemos constatar que a comunicação social pretende descodificar e levar notícias ao público de forma compreensível e acessível, nem que tenha de recorrer, para isso, a comentadores para concordarem com os seus jornalistas (Sena, 2013). Quer isto dizer, que o comentador serve de complemento à tradução das notícias junto do público, podendo ir mais adiante, ao dar a sua opinião. Em suma, os comentadores proporcionam uma visão reforçada dos factos, a fim de ajudar as pessoas a interpretá-los e a formar a sua opinião. 

 

Referências bibliográficas:

 

Fidalgo, A. (1996). O consumo de informação. Interesse e curiosidade. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação. http://bocc.ubi.pt/pag/fidalgo-antonio-interesse-curiosidade-informacao.html

 

Fidalgo, A. (2009). Especificidade epistemológica do jornalismo: desfazendo uma ilusão do jornalismo do cidadão. LabCom – Comunicação e Artes. http://www.labcom.ubi.pt/publicacoes/201104301414-antonio_fidalgo_especificidade_epistemologica_jornalismo.pdf

 

Figueiras, R. (2005). Os Comentadores na Imprensa de Referência Portuguesa: 1980-1999.http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/r1239-1.pdf

 

Sena, A. (2013). Modos e mecanismos de credibilidade no jornalismo televisivo. O caso da SIC. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação. http://www.bocc.ubi.pt/pag/m-jornalismo-2013-ana-sena.pdf


Joana Coelho, a70703 

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