Atualmente a Bélgica a Holanda e o Luxemburgo são os únicos países europeus
em que a eutanásia é legal, embora, esta tenha sido uma prática cometida por
várias sociedades na antiguidade. A ascensão do Cristianismo contribuiu para
o sentimento geral de que a vida humana tem santidade e não deve ser
deliberadamente tirada. Tirar uma vida humana inocente é, nestas tradições,
usurpar o direito de Deus de dar e tirar a vida.
Existem vários tipos de eutanásia: a eutanásia voluntária e a eutanásia
involuntária. Na eutanásia voluntaria o doente em estado terminal ou
incurável decide pedir ajuda, geralmente do médico, para que este lhe
aplique um medicamento mortal que possa diminuir o seu sofrimento, em seu
próprio benefício. Na eutanásia involuntária, por incapacidade do doente, o
medico ou familiares decidem se este deve morrer ou não.
Um dos casos polémicos foi o caso da italiana Eluana Englaro que após um
acidente rodoviário esteve durante 17 anos em estado vegetativo. O pai de
Eluana ingressou com uma ação judicial em que apelava à retirada de
alimentação e de hidratação artificiais, de forma a possibilitar a morte
natural. Este pedido provocou reações diversas por parte da igreja católica
e do governo italiano, ambas qualificaram o apelo do pai da Eluana como um
assassinato.
Perante a Igreja Católica a eutanásia é vista como uma violação da lei
natural. Pergunto-me, então, como será visto o sofrimento diário de certas
pessoas, que nada podem fazer a não ser esperarem dolorosamente pela sua
morte. Será a eutanásia um suicídio ou um homicídio? Até onde vão os valores
da vida quando alguém os põe em causa?
Vanessa Santos, nº 41989
Vanessa, neste post abordas um tema muito interessa e, ao mesmo tempo, bastante polémico. Sinceramente sou totalmente a favor da eutanásia, pois creio que quando uma pessoa está a sofrer, devido a algum problema de saúde, deve ter o DIREITO de escolher se quer continuar a sobreviver ou se prefere morrer dignamente.
Marta Cascalheira 43518 a 9 de Dezembro de 2012 às 15:03
Sem dúvida que este tema é, juntamente com outros como a pena de morte, já que colocado um post por outra colega, um dos que mais discussão gera. Tudo aquilo que envolve o ser humano e vai contra as ideias ou dogmas da Igreja, tende, na maioria das vezes, a gerar polémica, e este não podia deixar de ser um deles.
Discordo totalmente que o ser humano tenha que sofrer, por exemplo em situações de cancros em estado terminal, e não tenha, sem ser nos países em que esta prática já é legal, a opção de amenizar o seu sofrimento.
Importante é também que não confundamos eutanásia com suicídio e/ou assassinato como no caso que referes.
Deste modo, considero que o tema da legalização da eutanásia precisa de ser discutido e entendido como forma de auxílio a todos aquele que, como dizes, diariamente esperam dolorosamente pela morte e nada podem fazer para apaziguar o seu sofrimento.
Maria Vieira, 44844
Maria Vieira a 9 de Dezembro de 2012 às 16:31
Como a marta diz este é um tema bastante interessante e ao mesmo tempo bastante polémico. Sou completamente a favor da prática de eutanásia, e acho que esta não deva ser vista como um suicídio ou homicídio. Com a eutanásia acabamos apenas com o sofrimento da pessoa em causa. Sofrimento esse a que as pessoas, que vivem em países em que a eutanásia não é legal, estão sujeitas. Isso sim deveria ser ilegal!! É desumano ver certos doentes condenados a um impensável sofrimento, sem que nada possa ser feito. Todos nós temos o direito a uma vida digna assim como a uma morte digna.
Ana Rita de Sousa
44582
Ana Rita de Sousa a 9 de Dezembro de 2012 às 16:37
Este artigo é bastante pertinente Vanessa. Sou completamente a favor da prática da eutanásia porque, infelizmente, existem doenças que destroem lentamente o ser humano e seria mais fácil para o doente que todo esse sofrimento acabasse, porque em casos de doenças de estado terminal sabe-se que nunca irá haver melhoras e é bastante doloroso estar a acompanhar a dor e o sofrimento dessa pessoa até à morte, que pode levar horas, dias e até meses. Uma pessoa, por exemplo de 80 anos, acamada, ligada às máquinas dias e dias sabe-se perfeitamente qual é o desfecho, por isso não vejo a razão de estarem a alimentar aquele sofrimento. Sinceramente faz-me imensa confusão como é que deixam velhotes em pleno hospital durante meses acamados sem dizer sequer uma palavra, sem ouvir, sem se mexer e nada de nada, na minha opinião acaba por ser um massacre para essas pessoas, porque apesar de não ouvirem, falarem e mexerem sentem, sentem as dores, sentem o sofrimento e contam as horas para poderem partir de vez para acabar com todo o sofrimento. Inteiramente contra o sofrimento, totalmente a favor da eutanásia.
Leonor Coelho 46073 a 9 de Dezembro de 2012 às 17:33
Acho a polemica que rodeia este assunto demasiado desproporcional. Será assim tão estapafúrdio alguém querer cortar caminho? A estrada ficou esburacada, deteriorada e já se torna intolerável continuar por aí... podemos ter, pelo menos, essa liberdade? Essa privação constante da Igreja que espelha um Deus martirizador deixa-me um nó na garganta. Deus é bom, mas primeiro sofre, tu. Que crucifiquem mais e cada vez mais quem tira vidas aos que não querem morrer.
Ines Vairinhos nº45953 a 9 de Dezembro de 2012 às 17:44
As opiniões relativamente a esta questão da Eutanásia são muito divergentes, por um lado temos as pessoas que são de total apoio a que se pratique este acto, de retirar a vida a quem já esteja em estado muito critico, terminal ou já mesmo em estado vegetativo e temos outras que se opõem, fiéis ao que a Igreja Católica defende. Mas quem somos nós para julgar quem por necessidade precise de recorrer a este método? Já pensámos no quão doloroso é o sofrimento dos familiares do utente e mesmo o sofrimento que é para o corpo da pessoa em questão? Dos anos que se mantêm a esperança de acreditar que tudo volta a ser igual como dantes, quando na realidade não o será? Claro que enquanto se mantiver o doente a receber auxilio das máquinas há sempre um bocadinho de esperança mas essa esperança torna-se de dia para dia num sofrimento maior, num apego a uma ausência que nunca mais se preencherá . Sou apoiante da Eutanásia em casos extremos, de grande sofrimento quer para quem está debilitado quer para os familiares que estão numa constante dor. Há que respeitar a vontade de quem padece do problema e aceitar não prolongar a vida, que a pouco e pouco se vai desvanecendo. Quanto às pessoas que não entende essa necessidade, se calhar está na altura de repensar todos os aspectos positivos e negativos e ponderar qual será a solução mais aceitável em casos que já não há salvamento, se a prática da Eutanásia, ou permanecer durante quantos mais anos ligados a máquinas e a lutar contra a dor.
Ana Gomes, 444428
Ana Gomes a 9 de Dezembro de 2012 às 19:10
Eu também concordo com a Eutanásia, é uma prática sem dor por parte da pessoa que passa pelo sofrimento e que pede para acabar com a sua vida que já não tem sentido, de uma forma digna, sem sofrimento. Acho que as pessoas não devem ter de encarar a vida com sofrimento, dependendo de outras e/ou presas a uma máquina.
Joana Rocha Nº44491 a 12 de Dezembro de 2012 às 19:01
Não percebo bem o motivo de tanta polémica, sinto-me até um pouco confuso por algo tão linear gerar tanta discussão. Tal como julgo conhecer os Estados, quase todos sem exceção usam e abusam de Stuart Mill e do seu Utilitarismo para definir até que ponto podem intervir na vida do cidadão. A ideia é clara: as consequências definem a ação e a barreira coloca-se na sua repercussão. Se o mal causado for ao próprio cidadão, o Estado não deve intervir, caso o mal se possa espalhar, então há espaço para legislação que o impeça. No caso da eutanásia, o mal só pode existir num preconceito originado por amigos imaginários e calcado por séculos de medo de ser desobediente. No fundo, o princípio é o mesmo mas só tem como base um indivíduo. Está bem que ele está "bué" lá em cima, mas nós também ultrapassámos todas as camadas da atmosfera que conhecemos e não foi por isso que ele nos veio cumprimentar.
André Santos a 14 de Dezembro de 2012 às 18:34
A eutanásia é realmente um ponto muito sensível na sociedade nos nossos tempo. Há vários aspectos a ter em conta e vários pontos de vista no que toca a essa assunto. Eu não tenho uma opinião muito marcada quanto à eutanásia. Penso que sim as pessoas não devem sofrer desnecessariamente se o destino for morrer mas por outro lado a ciência está sempre a evoluir e hoje pode não haver a cura para determinada doença mas daqui a um ano dois quem sabe? Claro que depende do caso. Pos isto eu acho que é normal tanta divergência.
Já a eutanásia involuntária para a família também não deve ser nada fácil, eu pelo menos não sei se teria a coragem para dar ordem de "matança" a um familiar meu. É um assunto muito complicado e ao qual as discussões não vão acabar nunca.
Joana Frederico nº45695
Joana Frederico a 14 de Dezembro de 2012 às 19:43
Honestamente, já estou farta da religião tentar controlar a nossa sociedade! Certas pessoas não possuem uma crença religiosa e mesmo assim têm que viver de acordo com as regras criadas e impostas pelo Cristianismo. Eu sou uma defensora ávida da eutanásia. A decisão de um individuo acabar com a dor incapacitante que o aflige depende apenas dele e da sua família e não se trata de uma “ violação a lei natural” , mas sim da reclamação de um direito. Do direito á uma morte digna, livre de sofrimento! Aqueles que se declaram contra, e lutam para que eutanásia seja considerada ilegal, claramente deviam parar e pensar por um minuto, antes de impedirem quem quer que seja de tirar a sua vida! Maioria dos casos que surgem são de pessoas dependem de máquinas e de outras pessoas continuar a viver, uma vez que elas foram impedidas de o fazerem sozinhas. Claro que isso já completamente natural! Sinceramente....

Rosa Teiga nº 42171 a 15 de Dezembro de 2012 às 23:31