Na minha opinião, a maioria das coisas ditas invulgares, mais tarde ou mais cedo acabam por se banalizar. Tanto as tatuagens, como as cores de cabelo extravagantes, e os piercings, tornaram-se uma das muitas formas que o individuo arranjou para se expressar. E claro, de marcar a sua posição e individualismo.
Rita Gomes a 9 de Janeiro de 2012 às 00:15
Acho que as tatuagens são uma maneira de afirmação de quem as tem. Eu não sou fã deste tipo de afirmação, creio que cada uma de nós deve mostrar que é diferente com as suas atitudes e não "pintarolando" o corpo. Eu sei que cada um faz o que quer com o seu próprio corpo mas será que essa vontade de afirmação no presente não será prejudicial no futuro?
Anónimo a 9 de Janeiro de 2012 às 01:03
O comentário acima escrito é da autoria de Iulia Sarkozi a42986
Anónimo a 9 de Janeiro de 2012 às 01:12
Já me tinha perguntado o que é que acontece exactamente quando um movimento contra o mainstream começa a ter tantos seguidores que se torna, ele próprio, mainstream. São questões complexas, como dizes Ricardo, será agora o normal o alternativo? Antes os jovens queriam ser "normais", algo que eu nunca percebi muito bem, pois não sei exactamente o que é ser normal. Ou o que inclui, para as pessoas, a normalidade. Agora todos querem ser alternativos, pintar o cabelo, fazer uma tatuagem porque é fixe, ver filmes independentes porque é "bué" alternativo e ouvir música indie. O que é que aconteceu exactamente? Quero dizer, algumas pessoas exprimiram a sua individualidade e com o tempo aquelas que não a têm mudaram os seus ideais num piscar de olhos para as seguir. O que me assusta é a falta de carácter dessas pessoas. Pessoas que se vestem de certa maneira e ouvem certa música só porque é moda, e não porque realmente gostam. É verdade que todos somos humanos e, especialmente na adolescência, queremos ser igual a alguém. Queremos fazer parte de um grupo. Mas também é possível crescer e desenvolver a própria individualidade.
Também me incomoda a questão que levantas, porque se todos querem ser diferentes, não estarão a ser ao mesmo tempo todos iguais? Como é que alguém ao pintar o cabelo de azul se vai destacar entre as massas, se ao pé dela caminham mais pessoas com o cabelo azul? Detesto o facto da nossa sociedade se concentrar tanto no aspecto exterior, das pessoas, os jovens em especial, se modificarem tanto só para encaixarem nos ideais de beleza. As pessoas já são únicas pela sua personalidade. Posso estar a ser idealista e muito utópica, mas prefiro que reparem em mim pela minha beleza interior do que pela exterior. E quem não repara porque se prende nos preconceitos pela exterior, não faz falta nenhuma.
Maria Carolina Oliveira nº42536
Anónimo a 9 de Janeiro de 2012 às 02:51
É excelente poder constatar esta importante evolução na mentalidade social em relação a um assunto que, noutros tempos, foi tão tabu. Num mundo tão semelhante e homogéneo entre si, haver espaço para a diferença, para a singularidade, para o querer afirmar-se como sendo alguém único, é de louvar e, mais que não seja, deve ser dado valor à irreverência e à aposta na inovação pessoal.
André Jesus a 10 de Janeiro de 2012 às 01:24
Não podia concordar mais contigo Maria Carolina, o teu comentário foi cinco estrelas.
Ao fim e ao cabo, isto das modas é uma coisa cíclica... O vulgar torna-se invulgar e vice-versa, isto é, o "alternativo" perdeu todo o seu signifcado e agora de alternativo apenas tem o léxico.
Lá está... Todos diferentes, todos iguais!
PS - Indie rock sucks (jejeje)
Frederico a 12 de Abril de 2012 às 19:25
Hoje os jovens exibem tatuagens, têm cabelos de todas as cores, põem piercing e rastas , etc.
Há 20 anos atrás isto era impensável pois fugir da norma era algo criticável pela sociedade.
Isto é sinal de que os ventos mudam e as pessoas vão também adaptando-se à mudança, à medida que o tempo passa surgem novas preocupações e novas aspirações a que os jovens têm que corresponder.
Já não existe uma norma e o alternativo parece ser aquilo a que nós jovens, mais aderimos.
Raquel Silva, a45191
Raquel Silva a 10 de Janeiro de 2012 às 21:15
O problema de partida é a necessidade de haver um, como referiste, padrão "normal". Se não houvesse uma grande pressão por parte da sociedade para o que é normal e o que é aceitável os indivíduos não sentiriam que precisam de alguma coisa como tatuagens e/ou piercings para se destacarem nesta vasta multidão.
No entanto, a mim não me parece que seja apenas por esta razão que o fazem. Eu também tenho um piercing e fi-lo para mim, porque assim o decidi. Não é visível (até porque piercings visíveis ainda é um problema, como por exemplo no mercado de trabalho) e por isso, à partida não me estou a destacar de ninguém, nem a ser "diferente". Foi uma decisão minha e fi-lo para eu ver e especialmente porque eu gosto. Não pretendi com isso precisamente nada.
Sara Viegas a 18 de Abril de 2012 às 11:09
Penso que o facto das pessoas serem diferentes e terem um estilo próprio torna-as únicas.
E concordo com os comentários a cima que dizem que há 20 anos o cabelo loiro platinado, um rapaz com tatuagens ou uma rapariga com pircings na cara era uma anormalidade. Mas acho que nem hoje em dia as coisas são assim tão facilmente aceites, porque as pessoas criam estereótipos pela forma como as pessoas se apresentam.
A meu ver, ninguém é diferente por ter uma tatuagem a mais ou a menos, cada um é como é e acabamos por ser diferentes mas todos iguais como dizes no titulo.
Inovar e ser diferente não era tão aberrante se a sociedade não seguisse padrões tão retrogradados e limitados.
Meghanne Barros a 18 de Abril de 2012 às 11:24
Penso que o facto das pessoas serem diferentes e terem um estilo próprio torna-as únicas.
E concordo com os comentários a cima que dizem que há 20 anos o cabelo loiro platinado, um rapaz com tatuagens ou uma rapariga com piercings na cara era uma anormalidade. Mas acho que nem hoje em dia as coisas são assim tão facilmente aceites, porque as pessoas criam estereótipos pela forma como as pessoas se apresentam.
A meu ver, ninguém é diferente por ter uma tatuagem a mais ou a menos, cada um é como é e acabamos por ser diferentes mas todos iguais como dizes no titulo.
Inovar e ser diferente não era tão aberrante se a sociedade não seguisse padrões tão retrogradados e limitados.
Anónimo a 18 de Abril de 2012 às 11:24