Manhã de nevoeiro e uma estrada fantasma. Vou passando pórticos atrás de
pórticos e aquele maldito ³bip² apita avisando que o dinheiro está a ser
debitado
Na rádio, os noticiários avisam do aumento das taxas moderadoras. Vão
aumentar para o triplo! Fala-se do fim do euro e do regresso do escudo. Há
quem aponte que seria a nossa salvação ou o nosso retrocesso. Não se sabe
Os subsídios de Natal são reduzidos a quem ainda os recebe. Aquele
dinheirinho que dava jeito para os miminhos de Natal diminui e os miminhos
têm de ser menores ou deixam de existir. As famílias apertam o cinto Já não
há dinheiro para ir jantar fora ou para ir ao cinema. Esses trocos são
utilizados para pagar as portagens e para o pé-de-meia que deve ser feito
caso alguém fique doente
Afinal que tipo de Natal é este? É um Natal diferente
É um Natal onde a esperança não pode ser perdida onde os sorrisos não podem
deixar de ser partilhados, porque, no fundo, o que interessa é imaterial
Os presentes podem ser «frasquinhos» ou «caixinhas» cheios de carinho, paz,
ternura, amizade, fraternidade e união. Deixemos os egoísmos para trás, a
economia que fique guardada numa gaveta, a política que viaje no saco do Pai
Natal e que nós, apesar das provações, possamos ainda dizer: o Natal é hoje
e agora! O Natal está em ti, em mim e em nós. Não deixemos que ele passe,
sem o aproveitarmos. Feliz Natal!!!
Lúcia Costa n.º 42610
Esses pórticos!! Esta semana vou debitar 27 paus num aparelho desses. É só gastar. E a estrada em causa podia ser melhorada e não paga. Mas não, parece que neste país, se o povo está pobre, lhe tiram mais ainda.
Feliz Natal
Luís Felisberto a43143
Anónimo a 12 de Dezembro de 2011 às 11:04
É um natal diferente, é um natal mais pobre em luxos. Chegamos a uma situação que é de facto preocupante a e assustadora, no entanto o natal está aí o que vem acentuar mais as disparidades económicas a que estamos expostos. No entanto a minha sugestão é que este ano se viva o natal de maneira diferente, da maneira que devia ser vivido todos os anos. Nada "melhor" que a crise actual para promover os valores afectivos que toda a época natalícia proporciona. Porque já que há dinheiro para prendas, ao menos que haja transmissão de valores e afectos! Feliz natal :)
Mónica Martins 46094 a 12 de Dezembro de 2011 às 11:24
Bom dia
Antes de mais, gostaria de agradecer à Lúcia por ter colocado um post tão emotivo como este.
Sou exactamente da tua opinião, o Natal não é marcado pela quantidade prendas (ou não deveria ser) que temos debaixo da árvore de Natal, , mas sim pelo facto de conseguirmos juntar todos os nossos familiares e amigos à volta da mesma mesa, onde ambiente de paz e alegria enche as paredes das nossas casas.
Talvez pareça um pouco estranho, mas será que esta crise não veio para chamar a atenção de muitos?
Será que não há pessoas que dando um bocadinho do que têm poderão ajudar aqueles que nada têm?
Acima de tudo, que a esperança não morra no pensamento de tantas pessoas e que o espírito natalício se mantenha bem vivo nas nossas memória!
Feliz Natal
Anónimo a 12 de Dezembro de 2011 às 11:29
*P.S Carolina Nunes 42025
Anónimo a 12 de Dezembro de 2011 às 12:15
O que me preocupa não é um Natal mais pobre, são 364 dias mais pobres.
E o resultado da cobrança de portagens da A22 está à vista na EN. 125, esta semana de Portimão a Albufeira levei 45 minutos no pára-arranca.
Mas mais grave que o nosso caso na A22 é o caso da A23 (Torres Novas - Guarda) que na altura da construção da referida grande parte da E.N. 18 que liga o Fratel à Guarda foi absorvida pela A23. Agora os beirões não têm alternativa senão PAGAR!
Isa Cruz a 13 de Dezembro de 2011 às 00:09
Este Natal é bem diferente de todos os outros. Vê-se que pelo facto de não haver possibilidades de comprar tantas coisas, de o subsidio de natal ter sido diminuido, o espirito natalicio anda mais em baixo. Mas como a Lúcia referiu e bem, o Natal não é só presentes, não é só luzes, nem extravagâncias, o Natal também é paz, armonia, é a época do ano em que todas as famílias estão juntas, em que se partilham opiniões, segredos, desejos, é uma altura em que claramente o amor e a união estão presentes. E é por isso que devemos estar felizes, é por isso que nunca devemos deixar que o espirito do Natal desapareça, por mais negro que seja o futuro que se aproxima. Nesta época é tempo de esquecer os problemas e aproveitar as coisas que realmente são importantes.
Sara Pardal n.º41947
Um comentário bastante emotivo e que ao mesmo tempo consegue refletir a conjuntura atual na qual nos encontramos, sem esquecer o que realmente importa.
O Governo há muito que prometia, pelo que, há um par de semanas atrás, colocou as malditas portagens na Auto-estrada A22. Já não temos direito à única estrada decente que possuíamos, ou melhor, temos, pagando-a, e bem, onde a alternativa é mesmo a 125, mais uma rua do que propriamente uma estrada. Realizam-se cortes e mais cortes, naqueles que menos ganham claro está, e que menos posses económicas possuem. Os presentes de Natal são, consequentemente, reduzidos ou até mesmo nulos, onde muitas das vezes existem somente pequenas lembranças, como que um sinal de apreço àqueles que nos são mais chegados.
É, de facto, um Natal diferente. Porém, como muito bem referiste, no fundo “o que interessa é imaterial”. Mais importante do que questões económicas e políticas, é o convívio e a socialização num período que, ao fim ao cabo, deve ser aproveitado por todos. A união entre família deve sempre existir, porque é ela que nos faz esboçar um sorriso, por muito difícil que seja de mostrá-lo. É a confraternidade e o apoio mútuo da família que nos faz olhar e seguir em frente com um sorriso na cara, pois são estes mesmos que realmente importam.
André Santos; nº42187
André Santos a 21 de Dezembro de 2011 às 19:18
O Natal passou.. Posso dizer que não foi por existirem menos presentes na árvore de Natal que o meu foi diferente dos outros anos. Como já referiram o Natal tem sido visto até agora como uma época materialista e não o deveria ser. O Natal devia ser visto sempre da mesma forma, altura em que se celebra o amor, a união entre outros valores e sentimentos tão bonitos. Daí dizer-se que o Natal é quando o Homem quiser, ou pelo menos, deveria ser. Pois todos os dias nos devemos lembrar que estes valores devem ser postos em prática e que apesar da conjuntura atual não ser a melhor, devemos ser felizes!
Alexandra Costa nº42491
Alexandra Costa a 2 de Janeiro de 2012 às 22:09