Estranha forma de vida

O Fado. Esta estranha forma de vida do povo português, que foi levada pelos
descobridores para as mais remotas paragens e que por lá ficou até à
atualidade.
O Fado, que está presente na saudade de um povo, no olhar de esperança do
retorno e no ³jeito engraçado² da Amália. O Fado que transpira no ³povo que
lavas no rio², na ³gente da minha terra² e em qualquer ³casa portuguesa² com
³quatro paredes caiadas² e um ³cheirinho a alecrim².
O Fado que, quer queiramos, ou não. Quer gostemos, ou não. É sentimento
expresso numa melodia tatuada na alma lusitana e que é inerente à nossa
condição e à nossa estranha forma de vida de sermos portugueses.
Hoje, na rádio, falava-se com uma indiana que aprendeu português para poder
cantar o fado e ao cantá-lo, com a sua voz límpida, se emocionava. Ouvia-se
também uma etnia indonésia - os tugos - a cantar as pombinhas da catrina e
uma voz num português trapalhão a cantarolar ³a menina que estás à janela².
Que se valorize o Fado, o destino, o vaticínio, desta estranha forma de de
vida para que seja considerado, merecidamente, Património Imaterial da
Humanidade.
Lúcia Costa n.º 42610
publicado por - fcar - às 00:04 | comentar | favorito