mercúrio e sexo
O mercúrio é um dos elementos mais tóxicos. A União Europeia vai proibir o
seu uso e a sua comercialização a partir de Março de 2011, uma vez que
diferentes estudos já demonstraram os seus efeitos nocivos na saúde humana e
animal.
Uma nova investigação realizada por cientistas da Universidade da Flórida
(EUA) e da Peradeniya (Sri Lanka) afirma que o mercúrio não só afecta a
saúde animal como pode alterar o comportamento sexual de algumas aves. O
estudo, publicado esta semana na Proceedings of the Royal Society B, foi
realizado com exemplares de íbis brancas do sul da Florida, uma ave pernalta
que tem cerca de meio metro de altura.
Os machos expostos ao mercúrio na sua alimentação, preferiram ter relações
sexuais com outros animais do mesmo sexo, em vez das fêmeas. A consequência
disto é o nascimento de menos crias na sua colónia. Concretamente, a postura
dos ovos reduziu-se em 30%. Segundo Peter Frederick e Nilmini Jayasena, os
autores desta investigação, esta é a primeira vez que se comprova que um
agente tóxico pode alterar as preferências sexuais de um animal. Até agora,
outros estudos tinham detectado que certos compostos químicos podiam
"feminizar" os machos ou reduzir a sua fertilidade, mas ainda assim estes
preferiam as fêmeas no momento de acasalar.
A experiência foi levada a cabo durante 3 anos com cerca de 200 íbis brancas
recém-nascidos na Florida, que foram divididos em quatro grupos num recinto
circular com1200 metros quadrados. Trata-se de uma espécie acostumada a
viver em comunidade pelo que a disposição das aves foi uma tentativa de
reproduzir o seu habitat natural para estimular a reprodução.
Os autores acham provável que outras aves reajam de forma semelhante à íbis
branco, mas não acreditam que estes efeitos possam ocorrer noutras espécies
de animais. Segundo explicaram à revista New Scientist, têm realizado
vários estudos de longa duração sobre os efeitos em seres humanos, e em
nenhum deles encontraram evidências de que o mercúrio possa afectar o
comportamento sexual das pessoas.
Ana Parra nº39302
seu uso e a sua comercialização a partir de Março de 2011, uma vez que
diferentes estudos já demonstraram os seus efeitos nocivos na saúde humana e
animal.
Uma nova investigação realizada por cientistas da Universidade da Flórida
(EUA) e da Peradeniya (Sri Lanka) afirma que o mercúrio não só afecta a
saúde animal como pode alterar o comportamento sexual de algumas aves. O
estudo, publicado esta semana na Proceedings of the Royal Society B, foi
realizado com exemplares de íbis brancas do sul da Florida, uma ave pernalta
que tem cerca de meio metro de altura.
Os machos expostos ao mercúrio na sua alimentação, preferiram ter relações
sexuais com outros animais do mesmo sexo, em vez das fêmeas. A consequência
disto é o nascimento de menos crias na sua colónia. Concretamente, a postura
dos ovos reduziu-se em 30%. Segundo Peter Frederick e Nilmini Jayasena, os
autores desta investigação, esta é a primeira vez que se comprova que um
agente tóxico pode alterar as preferências sexuais de um animal. Até agora,
outros estudos tinham detectado que certos compostos químicos podiam
"feminizar" os machos ou reduzir a sua fertilidade, mas ainda assim estes
preferiam as fêmeas no momento de acasalar.
A experiência foi levada a cabo durante 3 anos com cerca de 200 íbis brancas
recém-nascidos na Florida, que foram divididos em quatro grupos num recinto
circular com1200 metros quadrados. Trata-se de uma espécie acostumada a
viver em comunidade pelo que a disposição das aves foi uma tentativa de
reproduzir o seu habitat natural para estimular a reprodução.
Os autores acham provável que outras aves reajam de forma semelhante à íbis
branco, mas não acreditam que estes efeitos possam ocorrer noutras espécies
de animais. Segundo explicaram à revista New Scientist, têm realizado
vários estudos de longa duração sobre os efeitos em seres humanos, e em
nenhum deles encontraram evidências de que o mercúrio possa afectar o
comportamento sexual das pessoas.
Ana Parra nº39302