01
Jun 22

A Cortiça

A cortiça, proveniente do Sobreiro, é um material quimicamente inerte, flutuante que possui uma baixa densidade, é elástico, impermeável, quer a nível gasoso quer a nível líquido, por consequência também acaba por ser um material vedante. É um isolante térmico e elétrico, e um absorvedor acústico e de vibrações. Possui também uma alta resistência à fricção. 

A cortiça é um material anisotrópico (uma característica que a substância possui, em que as suas propriedades físicas variam consoante a sua direção), onde se podem encontrar três direções diferentes: 

  • Radial – Paralela aos raios da árvore; 

  • Axial – Direção vertical na árvore; 

  • Tangencial – Perpendicular às outras duas (radial e axial), tangente à circunferência da secção da árvore. 

No entanto, a anisotropia da cortiça, quando esta é utilizada na construção, por exemplo, deixa de ser sentida/notável, devido à necessidade de haver uma aglomeração da mesma, de modo que esta seja propícia para essa utilização. 

A cortiça é um produto que, ao ser extraído, promove uma maior fixação de Dióxido de Carbono (CO2), sendo assim um material “carbono neutro”, quer no seu processamento, quer na sua decomposição. Dessa forma, possui um footprintecológico negativo. 

É um promotor da sustentabilidade, por ser um material renovável e de longa duração. Quando a reutilização do material deixa de ser possível, este pode vir a ser transformado em pequenos grãos, que serão utilizados em outras áreas, como por exemplo, na construção. Dessa forma, a matéria-prima não é desperdiçada em nenhuma etapa do seu tratamento. 

Em Portugal, existe uma variedade de comércio proveniente da cortiça, devido às vastas plantações de sobreiros que existe no país, desde roupas a itens de decoração. Apesar dessa grande produção de produtos, é das poucas matérias primas que possui uma pegada ecológica neutra.


Victória Brandão
a71814

publicado por - fcar - às 23:45 | comentar | ver comentários (1) | favorito

Colaboração entre Artistas Musicais e Empresas de Videojogos

O distanciamento entre artistas musicais e empresas de videojogos deixou de existir quando se começou a ver, personagens nos jogos, como esses mesmos artistas, e não apenas as suas colaborações a nível sonoro.



A partir de 2017 começou a notar-se mais essa participação dos artistas nos jogos.



Os artistas passaram a ter a oportunidade de participar no processo criativo das personagens, e fenômenos dos jogos como “Fortnite” , “Call of Duty” , “Free Fire”, passaram a possuir também nas suas listas de personagens, fenómenos da música, como Snoop Dogg, Bangtan Sonyeondan, Marshmello.



Ninguém esperava que essa união entre dois mundos distintos, fosse ter o impacto positivo que teve. Mas a realidade é que mudou por completo a indústria do entretenimento.



Desde o momento em que o público, os artistas e todos aqueles que usufruem dos videojogos, começaram a opinar acerca daquilo que consideravam fundamental na criação dos mesmos, e a partir do momento em que se deu a aproximação de todos os elementos devido a isso, as comunidades de jogos cresceram cada vez mais.



O que antigamente era apenas uma forma de passar o tempo, tornou-se parte do dia a dia de milhões de adolescentes e jovens adultos, de uma forma extraordinária, abrindo portas para a possibilidade de artistas procurarem cada vez mais aproximar-se dos seus públicos e expandir as suas áreas de influência.



Apesar de ter sido uma aposta inusitada, foi uma boa aposta, e acredito que no futuro, haverá mais possibilidades de artistas se unirem e criarem comunidades únicas de entretenimento.



 



 



                 Victória Brandão



                                                                                                                             a71814
publicado por - fcar - às 23:37 | comentar | ver comentários (1) | favorito

Racismo na Imprensa

O racismo é um dos maiores problemas da sociedade atual, estando longe de ser erradicado. Apesar de os media terem um papel fundamental neste aspeto, estes recorrem à negação do racismo para se apresentarem, de forma positiva, como “líderes morais da sociedade”, sendo esta uma das estratégias mais recorrentes.

A título de exemplo, em 2020 foi notícia o facto de a SIC Notícias ter um apresentador de telejornal proveniente de uma minoria, por este ter sido o primeiro jornalista pivot negro e com rastas da televisão portuguesa. O acontecimento tornou-se mediático por ser uma “novidade” para o jornalismo televisivo português, tendo proporcionado ao público uma visão inclusiva do canal.

Ao nível da imprensa, na Europa Ocidental são poucos os jornais que têm profissionais provenientes de minorias étnicas. Tanto os media como as elites bloqueiam o acesso e a promoção de cargos a imigrantes e estrangeiros, alegando a falta de qualificações e, por vezes, problemas culturais. Para além disso, os porta-vozes das minorias são muito menos citados, não tendo a oportunidade de serem os próprios a explicar o contexto étnico. Desta forma, a sua posição nunca será bem explícita em relatos noticiosos, uma vez que não podem ser os próprios indivíduos a falar.

Em suma, este é um problema estrutural da sociedade que a imprensa poderia combater. Contudo, apesar de tentar atenuar situações de racismo, é evidente que esta temática perdura no meio de comunicação, transmitindo ao público conteúdos tendenciosos que sustêm estereótipos.



Laura Pimenta - a71741

publicado por - fcar - às 13:58 | comentar | favorito (1)
01
Jun 22

O Poder dos Media na Sociedade

Os meios de comunicação têm efeito no público que alcançam. Entende-se por poder social o controlo por parte de um grupo, mais poderoso, sobre outro, menos poderoso. Esses grupos mais poderosos podem ser jornais ou outros meios de comunicação, ou ainda elites –  grupos socialmente mais poderosos que têm acesso a discursos públicos e que, por isso, podem ser procurados pelos media aquando da busca por informação privilegiada.

De certa forma, os meios de comunicação conseguem exercer este poder sobre o público – têm acesso privilegiado a conhecimentos e recursos sociais valorizados, aos quais as “pessoas comuns” não conseguem aceder. A título de exemplo, os jornalistas do Público ou do Expresso conseguem ter acesso a uma declaração do Presidente da República acerca das medidas tomadas aquando da pandemia, enquanto uma pessoa comum não tem meios para contactar uma figura pública tão importante.

No entanto, este poder é apenas simbólico e persuasivo, nunca sendo completo, uma vez que a audiência tem um mínimo de autonomia. Para além disso, o poder exercido pelos media só é efetivo se os discursos aos quais os jornalistas têm acesso forem considerados pertinentes ou influentes para a sociedade.




Laura Pimenta - a71741

publicado por - fcar - às 13:57 | comentar | favorito