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Abr 22
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Abr 22

Telemóveis nas mãos das crianças

Vivemos na era da tecnologia, do digital, do virtual, onde tudo parece ser possível e alcançável com apenas um clique. É de admitir que, nos dias de hoje, é mais raro ver uma criança que não sabe ligar e manusear um telemóvel, do que ver uma que saiba fazê-lo na perfeição e sem grandes dificuldades.  Nos cafés, restaurantes, shoppings e em plena rua, é mais que comum vermos crianças, com os seus primeiros anos de vida, ainda de fraldas e sentadas nos seus carrinhos, agarradas a um ecrã de um telemóvel e de olhos postos em algum tipo de distração, música ou jogo virtual. Enquanto isto, ao olharmos para quem as acompanha, vemos adultos que, ou estão igualmente agarrados a um outro telemóvel, ou que conversam e lidam entre si sem a mínima preocupação do tempo e do quão desnecessário e prejudicial é para a criança as horas que passa dependente da distração proporcionada por tal “brinquedo”.



Sem dúvida que a tecnologia e tudo o que a mesma proporciona não deve ser negada, muito menos escondida, aos mais pequenos, aliás, ela está por todo o lado, mas a grande necessidade de os pais darem um telemóvel para as mãos das suas crianças como forma de “Está quieto e não faças barulho!” não é a única nem a melhor maneira de os ter por perto sossegados e comportados. A verdade é que as crianças não nascem com este hábitos e vícios, somos nós, mais velhos, que passamos e incutimos estes mesmos comportamentos tão pouco ou nada saudáveis. 


Beatriz Costa a72841

publicado por - fcar - às 18:59 | comentar | ver comentários (5) | favorito
13
Abr 22
13
Abr 22

Guerra, algo tão desumano

Um só mundo, vários de nós, tão diferentes, mas tão iguais, uns com tanto e outros com tão pouco. O ser humano e a guerra desde sempre que se conhecem, desde sempre que causam a morte, a tristeza e a destruição, mas com que fim? Alcançar mais poder? Mais riqueza? Mais territórios? Seja qual for o motivo, algo tão desumano e cruel torna-se assustador só de pensar, quanto mais vivenciar.



O mundo evolui muito, tudo o que nos rodeia é tecnológico, topo de gama, tem mil e uma funções que nos ajudam em tudo, ou melhor, tudo fazem por nós, mas e a mentalidade do homem? Tem evoluído ou continuamos com a mesmas ideias e mentalidades cruéis, limitadas, preconceituosas e estagnadas que tínhamos à anos e anos atrás?



A ideia de que a guerra, a destruição e a morte são decisões brilhantes e ótimas soluções para um mundo melhor, são cada vez mais insanas, frias e de quem não tem um pingo de compaixão por quem, no meio de tudo isto, é inocente, indefeso e visto como um grande nada. A necessidade de empoderamento, por quem comanda tais guerras, torna-se algo doentio e aterrorizante, principalmente, quando quem lidera, não tem, por um único segundo, o pensamento de parar o caos e o sofrimento, limitando-se simplesmente a não olhar para trás e para os danos causados a todos os níveis.



A guerra com que lidamos agora, não é a primeira e infelizmente e muito provavelmente também não será a última. Não há como prever ou antecipadamente travar quem tanta maldade tem dentro de si.



Beatriz Costa a72841 

publicado por - fcar - às 23:04 | comentar | ver comentários (2) | favorito
12
Abr 22

Fake news nas redes sociais

O fenómeno da propaganda falsa não é novo, mas encontrou nas redes sociais o seu perfeito aliado. É através destas, principalmente o Facebook que as fake news se tornam virais, e muitas das vezes fomentando ideias primárias ou ódios. É através de um conjunto de likes e posts que vão surgindo conteúdos semelhantes aos que já lemos ou gostamos. É mais ou menos a situação de vocês falarem muito de um certo assunto ou produto perto do vosso telemóvel e mais tarde aparecer anúncios e noticias relacionadas ao mesmo.

Atualmente está cada vez mais difícil distinguir o falso do verdadeiro sobretudo no que se trata da internet. São alegadas noticias redigidas com a proposta de desinformar o que é totalmente diferente de um erro jornalístico.

Segundo um estudo feito pela marktest, quase um milhão e meio de portugueses lê noticias nas redes sociais. Erros, rumores, boatos e manipulação sempre existiram, com a diferença de que agora a pessoa que separava a verdade da mentira, ou seja, o jornalista, perdeu poder nesta sociedade informativa.

Diva Parreira, a71737

publicado por - fcar - às 16:43 | comentar | ver comentários (2) | favorito

Critica à serie “Impressionistas”

Trata-se de uma serie que remonta à época entre 1862-1920 onde um grupo de artistas franceses criam um novo olhar sobre a arte, um olhar que fugia de preconceitos e tradições, a que o país estava habituado. A esta nova visão, damos-lhe o nome de Impressionismo.

A serie narrada por Claude Monet, considerado o pai do impressionismo, recria cuidadosamente todo o ambiente social e sobretudo artístico da altura. Durante uma entrevista, o pintor vai citando vários momentos da sua vida e da sua carreira artística, onde explica aspetos particulares das vidas e personalidades de cada outro artista.

Esta serie mostra com detalhe o contexto histórico da cidade de Paris, considerada cidade de luz, porém onde existe também uma grande rivalidade na conquista pelo reconhecimento nesta sociedade impressionista. Antigamente existia uma beleza bastante particular neste tipo de pintura, onde Monet é o principal representante. O que se opõe aos dias de hoje, onde estas imagens são vistas como algo mais escandaloso e diferente.

Toda esta mudança causou na sociedade uma forte indignação, tendo sido bastante criticada e rejeitada até, pelo público.

Esta serie divide-se em apenas 3 episódios, que contam a história do movimento e ainda mostra a vida dos artistas da época, que vieram a transformar o mundo da arte.

Diva Parreira, a71737

publicado por - fcar - às 16:43 | comentar | ver comentários (2) | favorito

Manipulação consciente e inconsciente nos media

Um estudo de 2020 concluiu que nesse mesmo ano 59% dos jornalistas acreditam que o público perdeu a confiança nos media. Apesar de nos últimos quatro anos as estatísticas mostrarem que a desconfiança nos media tem vindo a diminuir ligeiramente, ela continua a ser um grave problema que necessita de uma solução.



Há uns anos deparei-me com a seguinte frase “nós não vemos as coisas como elas são, mas sim como nós somos” e quando refleti sobre ela percebi que fazia todo o sentido. Todos nós somos diferentes, vivemos coisas diferentes, temos ambientes familiares diferentes, herdamos genéticas diferentes e interagimos de diferentes formas com a sociedade onde estamos inseridos. Tudo isso molda e reflete-se em quem somos, fazendo com que perante determinada situação a vejamos de formas diferentes. Ter a capacidade de ser totalmente imparcial e objetivo é, argumentavelmente, impossível. Nessa lógica, penso que quando analisamos determinado assunto, ou quando temos algum tipo de poder ou responsabilidade em produzir algum conteúdo, o façamos de acordo com a nossa visão dos acontecimentos mesmo que na nossa cabeça estejamos a ser objetivos. Isto claro, analisando do ponto de vista de quando fazemos coisas de forma inconsciente. Muitas vezes os próprios profissionais não se apercebem dos seus preconceitos até serem feitas queixas, pois o aspeto complicado dos preconceitos é que para a própria pessoa que os tem, muitas vezes torna-se difícil de os identificar.



            Pode acontecer “manipularmos” determinada coisa de forma involuntária, porém, o contrário também acontece, ou seja, para além de vermos determinadas situações de diferentes ângulos simplesmente por tudo aquilo que faz de nós quem somos ser diferente, também o fazemos de forma consciente e voluntária, de forma a atingir determinado objetivo. Seja num contexto informativo ou opinativo, dentro dos media, nunca devemos receber informação de uma só fonte. Acontece muitas vezes que ao falar do mesmo assunto, diferentes fontes contem informações ligeiramente diferentes para conduzir o público por determinado caminho. O jornalista tem um dever moral para com esse mesmo público e muitas vezes esse dever não é cumprido.


David Carvalho, a57809

publicado por - fcar - às 16:27 | comentar | ver comentários (1) | favorito
12
Abr 22

Meditação é a mudança individual para uma mudança global

Meditação é definida pela empresa Headspace, especialista na área, como o treino da nossa consciência e de uma perceção saudável da realidade. Não se trata de tentar eliminar os pensamentos ou sentimentos, mas sim aprender a observá-los sem julgamentos. Aprender a meditar é como aprender qualquer outra habilidade, é preciso praticar com regularidade para nos sentirmos confortáveis. Não existe meditação perfeita, existe apenas o ato de meditar.



A prática teve origem no Oriente e foi também lá que teve o seu grande desenvolvimento, sempre associada a religiões como, por exemplo, o Budismo. Sendo esta afirmação factual, também é verdade que hoje em dia ela é bastante simplista, no sentido em que já existem muitos estudos acerca dos seus efeitos positivos no cérebro humano, no ensino e em contexto laboral. Limitá-la somente à religião é retirar-lhe o seu verdadeiro valor e potencial.

Apesar de ser uma prática sobretudo oriental, é notório o crescente interesse do Ocidente nos seus benefícios. Quando se fala de ensaios clínicos envolvendo meditação, o número disparou de apenas um, entre 1995 e 1997, e onze, entre 2004 e 2006, para 216 entre 2013 e 2015. A meditação nos últimos anos tem sido bastante pesquisada também na linha da psicologia cognitivo-comportamental pois, além de influenciar mudanças na redução do stress e ansiedade, também se caracteriza pela premissa fundamental de que a interpretação dos factos é mais importante que os factos em si. Como tal, esta prática é descrita como uma forma de tratamento mental com o objetivo de educar a mente.

Meditar é talvez das práticas que menos exige de nós enquanto pessoas pois apenas 10 minutos diários já fazem uma enorme diferença. Não exige quaisquer tipos de materiais, sendo apenas necessário um sítio para sentar de forma confortável, sem qualquer tipo de custos para ser realizada. Quando alguém decide aprofundar os seus conhecimentos acerca da meditação, muitas vezes tem de se deslocar à Ásia e viajar entre vários países deste continente, com a missão de dialogar e aprender com famosos “gurus”, não sendo, obviamente, algo mau, diz bastante sobre as diferenças destes dois lados do globo neste contexto.



O poder para mudar a nossa vida está a uma distância tão curta que torna difícil acreditar que algo tão acessível seja tão transformador e benéfico.


David Carvalho, a57809

publicado por - fcar - às 16:07 | comentar | ver comentários (2) | favorito