08
Mai 20

A importância da arte


Noto que nos últimos tempos, além dos cozinhados, as pessoas têm partilhado mais sobre os programas, filmes ou séries que têm visto para passar o tempo em casa e se abstraírem da realidade que estamos a viver. Pessoalmente, depois de um dia de aulas ou trabalhos, adoro desligar tudo e ver um episódio de uma série, ou, na chamada realidade normal, de no final da semana ir ao cinema com amigos. 

Ao pensar nisso reflito sobre a importância dos artistas, que longe ou perto nos acompanham todos os dias, seja na rádio, na televisão ou até nos nossos telemóveis! Que tornam melhores os nossos dias e para alguns são mesmo a única companhia. Quando regressarmos ao normal, ou ao novo normal, vai ser mais importante que nunca mostrar o nosso agradecimento a estes profissionais e à cultura no geral, que por vezes não damos o devido valor ou nos apercebemos da sua importância. 

 

a64238


publicado por - fcar - às 10:31 | comentar | favorito

O Turismo

No Algarve muitos negócios vivem do turismo. No meu caso a minha família possui um negócio de alojamento local, que apesar de funcionar todo o ano é no verão que a procura é maior e quando temos mais clientes. Apesar de ainda não termos entrado nos meses de maior procura, o bom tempo das férias da páscoa é habitualmente quando algumas famílias portuguesas procuram o Algarve para passar uns dias, o que não se verificou este ano. Devido às restrições de circulação as reservas já feitas foram canceladas e muitas que se costumam verificar em cima da hora não se chegaram a realizar. 

Além da minha família conheço vários proprietários de negócios semelhantes que enfrentam os mesmos problemas. Cancelamentos e drástica quebra no número de reservas em comparação com anos anteriores, que apesar de necessários por uma questão de saúde pública acaba por ser um problema para estas famílias a nível económico. Muitos destes negócios são negócios de família e são a única fonte de rendimento que estes têm. Caso as restrições de viagens se mantenham nos próximos tempos poderá ter implicâncias graves, não só os meses de verão, como pôr em causa todo o tempo que vier a seguir

 

a64238


publicado por - fcar - às 10:30 | comentar | favorito

Uma quarentena produtiva

Desde que as pessoas se viram confinadas ao seu espaço pessoal, a sua casa, mostraram, muito contrariamente ao que se esperava, uma vontade de iniciar atividades físicas novas ou até explorar a sua criatividade e novas capacidades que antes, com a confusão do quotidiano, não davam importância. 

Na parte da atividade física, houve uma grande disponibilização, por parte de personal trainers e infraestruturas desportivas, treinos online gratuitos e muitos deles realizados em direto. Isto provocou uma onda curiosidade nas pessoas que antes, por várias razões, não frequentavam um ginásio ou praticavam certas atividades que agora foram disponibilizadas online e gratuitamente. 

Devido ao facto das pessoas se verem confrontadas com a realidade de terem que ficar em casa a grande parte do dia, apenas saindo para satisfazer as necessidades básicas, têm mais tempo e até mais criatividade para explorar capacidades que possam ser desenvolvidas neste período. 

  

 a64988


publicado por - fcar - às 10:26 | comentar | ver comentários (1) | favorito

Just saying


Não sei se sou a única a partilhar desta opinião, mas com o levantamento do estado de emergência sinto algum receio. Receio da inconsciência que muitos poderão vir a ter. Portugal tem se comportado minimamente face a toda esta situação, mas tenho as minhas dúvidas. Sinto que nos têm estado a vender a ideia de que temos de “aguentar em casa” até tudo passar. O levantamento do estado de emergência pode ser a brecha que abre caminha a que alguns (não digo todos porque sabemos que há quem seja responsável) achem que já está tudo bem e que já podemos circular e que tudo voltou ao normal. Espero obviamente que assim não o seja e que cada um seja responsável e consiga perceber que não está tudo bem e que devemos continuar prevenidos. Just saying.

a64993


publicado por - fcar - às 10:25 | comentar | ver comentários (1) | favorito

Idas ao supermercado

No meio de toda a situação pandémica, vejo-me excessivamente preocupada e ansiosa cada vez que tenho de ir ao supermercado. Tenho que fazer uma lista, obviamente, para ser o mais rápida possível a recolher o que preciso e certifico-me que tenho tudo o que preciso para me prevenir ao máximo, mas mesmo assim sinto-me mal dentro do estabelecimento. Isto fez-me ver uma ansiedade da qual nunca me havia apercebido. Um ato tão simples que agora é feito com esforço e que evito ao máximo, se possível. Pode parecer estranho, mas acredito que haja muita gente que sente o mesmo. As pessoas, as filas, os carrinhos, tudo. Eu sempre me achei um pouco ansiosa, mas a pandemia fez-me ver além disso e o quanto a ansiedade controla a minha vida e a minha convivência com os que comigo passam esta quarentena. Se algo é afetado com esta situação é a nossa mente e devemos treiná-la de forma a não permitir que estas “pequenas” coisas (aos olhos dos outros) nos controlem. 

a64993

 


publicado por - fcar - às 10:08 | comentar | favorito

Tudo o que é demais enjoa


Dou por mim estupefacta com a quantidade de conteúdos criados exclusivamente em torno do coronavírus. Não sei se sou só eu, mas estou farta. Noticias, publicidades, vídeos e até músicas. Compreendo perfeitamente que as pessoas tenham que estar informadas, e nas noticias ainda se compreende, mas tudo o que é demais enjoa. As marcas encontram estratégias de sobrevivência (ou para não parar de ganhar dinheiro), o que passa por, claramente, criar publicidades que abordem o tema de forma a mostrarem que se preocupam com o que se passa. Sinto, no entanto, uma sensação de que muitos se aproveitam do tema de forma a gerar mercados, vendas e visualizações. Uma espécie de aproveitamento da situação que apenas faz com que sejamos bombardeados com conteúdos iguais. Já chega. 

a64993


publicado por - fcar - às 10:07 | comentar | favorito

Do vírus do Candy Crush ninguém fala

Numa altura em que há por aí um vírus a rondar é natural que seja dada menos importância a outro tipo de vírus que podem ser também bastante prejudiciais. Em tempos de quarentena a “King” (empresa que desenvolveu o Candy Crush) mostrou-se bastante generosa para com os jogadores. Oferece bónus infindáveis, podendo eles ser vidas infinitas, boosts por tempo limitado, etc. 

Quais os problemas que isto acarreta? 

Sendo o ser humano garganeiro de natureza, é natural (perdoem a redundância) que tente usufruir ao máximo de tudo o que seja grátis, nisto não era de esperar que fosse diferente. Além de que nada bate o sentimento de vitória de ir dormir sabendo que se está em primeiro entre os amigos no desafio semanal.

Para terminar deixo um apelo – não gastem as ajudas “à balda”, mais à frente vão dar jeito.

a64854
publicado por - fcar - às 10:05 | comentar | favorito

Tudo mudou


Parece cómico começar todos os trabalhos académicos, em comunicação, com a evolução das tecnologias e a influência da mesma na sociedade. 

De fato, é inevitável não falar das influências da mesma no nosso cotidiano. Tudo mudou desde que passamos a ter mais facilidade de acesso à informação. Mudou-se a forma de nos relacionarmos, de comunicarmos, de comprarmos, de vendermos, de pesquisarmos ou de divulgarmos. Passamos a ter voz online e a desejar que essa voz chegue cada vez mais longe. Gastamos mais tempo com aqueles que estão longe do que com os que estão perto e preferimos o entretenimento de uma tela do que uma conversa profunda. E no meio de tudo isso, estamos a perder a nossa própria profundidade. 

Estamos cada vez mais rasos, mais intolerantes, mais rápidos, mais breves nos nossos relacionamentos, e assusta-me saber que a tendência é piorar. Por isso, torna-se necessário, agora mais do que nunca, desconectarmo-nos das telas e nos conectarmos às almas uns dos outros. 

A vida é tão curta. 

a64857
publicado por - fcar - às 10:01 | comentar | favorito

Friends: Será que 25 anos depois ainda nos identificamos?

A série Friends teve início a 22 de Setembro de 1994, ou seja, há mais de 25 anos. No entanto, continua alcançar muitos fãs. Mas será que se mantém em sintonia com a realidade actual?

Em primeiro lugar, a maior diferença é o facto de que, hoje em dia, praticamente todas as pessoas têm um telemóvel que as acompanha para todos os sítios. Assim sendo, isto impossibilita alguns dos cenários da série, como quando o Joey e o Ross ficaram presos no telhado e tiveram de descer pelas escadas de incêndio pois não tinham maneira de pedir ajuda, ou a famosa cena do “We were on a break” entre o Ross e a Rachel, em que na verdade a Rachel tenta ligar ao Ross para esclarecerem as coias, mas como este não se encontra em casa não atende.

Por outro lado, há outras histórias que hoje em dia já não se coadunam com o pensamento actual, como é o caso de quando o Ross não aceitava que o filho gostasse de brincar com uma barbie ou quando não quis que a ama da sua filha fosse um homem.

No entanto, a maior parte da série poderia acontecer nos dias de hoje, o que faz com que nos identifiquemos com as personagens e com a história.

a64894 


publicado por - fcar - às 09:59 | comentar | ver comentários (1) | favorito
08
Mai 20

A chama


Peço-te que não a apagues 

Careço do seu calor

Não me deixes no vazio

Adoro esse nosso ardor

Que me faz esquecer toda a dor. 

 

Tal chama que me destrói 

É o que mais me alegra o coração 

Pobre coitado que ainda sonha 

Vai ter uma desilusão 

Pensa ser amor, mas é ilusão. 

 

Não assopres já 

Deixa arder... Deixa queimar 

Queimar-me-ei pelos dois

Tanto fumo que enreda o respirar, 

Mas contigo quem precisa de ar?

 

a64880

publicado por - fcar - às 09:58 | comentar | ver comentários (1) | favorito