Desde cedo que os meios de comunicação desempenham um papel extremamente fundamental na divulgação dos acontecimentos da realidade presente. Exemplo disso tratou-se da Segunda Guerra Mundial, caraterizada como a época onde os media foram utilizados estrategicamente pelos militares assim como pelos cidadãos.
Os tempos de tensão, aflição e desespero por saber de avanços e progressos da guerra. Para tal, o trabalho dos jornalistas é essencial de forma a conseguir transmitir da forma mais próxima e envolvente o que se está a passar. Será que em tempos de angústia, toda a informação recebida é fidedigna? Sabe-se que as guerras são forma de provar aos jornalistas que a informação interessa mais que a opinião, devido à sucessão de factos.
Um caso que serve de exemplo, aconteceu em 1990, alguns meses depois do presidente do Iraque ter invadido o Kuwait. Nos Estados Unidos, foi e fixado um prazo para que as forças militares do Iraque se retirassem. A Comissão de Direitos Humanos do Congresso dos Estados Unidos da América recebeu o depoimento de uma jovem de quinze anos com o nome de Nayirah. Durante o testemunho, esta emociona-se e relata atrocidades cometidas por invasores iraquianos: levaram as incubadoras e deixaram os bebés a morrer no chão ao frio. O seu testemunho teve um impacto tão grande que chegou a inclinar a balança da opinião pública americana a favor da guerra do Iraque.
Mais tarde, segundo a BBC, através de uma investigação conjunta entre jornalistas independentes e a Amnistia Internacional (organização não governamental que defende os direitos humanos ) soube-se que todo o discurso houvera sido preparado por uma agência de relações públicas nos EUA ligada à monarquia do Kuwait. Na verdade, a jovem rapariga tratava-se da filha do embaixador do Kuwait em Washington.
James Garvey, considerado um dos maiores ativistas da história do movimento nacionalista negro acredita que a história de Nayirah provavelmente contribuiu para inclinar a balança a favor da guerra. Pela história do testemunho ter sido repetida durante várias vezes por senadores dos EUA e pelos média, o voto favorável à participação na guerra acabou por vencer.
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