28
Abr 20

Vai ficar tudo bem

Em tempos de pandemia, onde o caos e a desesperança reinam, resta-nos encorajarmo-nos mutuamente com frases como “vai ficar tudo bem” ou “isto vai passar”. Idem. Vai mesmo. 

Contudo, seria em vão dizermos uns para os outros que vai ficar tudo bem e não fazermos nada a respeito. O “lavar as mãos” de Pilatos sempre presente nas nossas atitudes, nos mostram o quanto continuamos a deixar a culpa dos acontecimentos para outros, ou para a sociedade, e não assumirmos as nossas responsabilidades como cidadãos. 

Sim, vai ficar tudo bem, porque o “eu” está a esforçar-se para que isso aconteça. Porque o “eu” está a fazer a parte que lhe compete. 

Consciência tranquila e egoísmo combatido: um resultado diferente. 

 

a64857
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A lei do descanso

Tenho refletido imenso nos últimos tempos sobre a importância do descanso. 

De fazer aquilo que gostamos. 

De dar uma pausa no que nos desgasta. 

De não fazer nada, de todo. 

Num mundo onde existe uma informação nova a cada segundo, torna-se de suma importância desconectarmo-nos do virtual e conectarmo-nos à nossa própria alma e pensamentos. Quem sabe se todos nós fizemos isso seríamos menos estressados; teríamos mais paciência nas interações diárias e, com toda a certeza, seríamos mais centrados. E a verdade é que o corpo cobra... ele sempre cobra. Qualquer lei ignorada tem a sua punição, e quebrar a lei do descanso é a pior delas. Vem acompanhada de uma série de consequências físicas e emocionais, das quais ninguém está preparado para lidar. 

Por isso, descansem. 

 a64857 
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A opinião pública

Sabendo da importância e presença dos média no quotidiano da população, a comunicação social trata de influenciar sempre a opinião do público, podendo a manipular. A televisão, por exemplo, é um excelente meio de apoio ao consumismo, e muitas das vezes, um artigo que já foi publicitado na mesma tem muita mais compra e aderência que outro. O mesmo acontece com a política. O público forma uma opinião, mas baseando-se no que os meios de comunicação social mostram sobre determinado político ou partido. Já no jornalismo, ao o leitor ler uma notícia e não a confirmar e verificar realmente, está a confiar no jornal em questão, o qual pode simplesmente estar a noticiar algo irreal apenas para um aumento de audiências e manipulação de opinião.

Concluindo e resumindo, a opinião pública embora não seja totalmente consensual, é maioritariamente aceite, sendo composta por imensas visões, atitudes, ideias, pensamentos, podendo ser facilmente adulterada e manipulada de forma a  obter o que se quer.

a64981

publicado por - fcar - às 13:10 | comentar | ver comentários (3) | favorito

A fotografia

A Fotografia engloba o processo de capturar momentos, realidades através da luz.  Em 1826, século dezanove, surgiu a primeira fotografia de todos os tempos, com autoria de Joseph Nicéphore Nièpce, intitulada por “Point De vue du Gras” . Mais tarde, por volta de 1938, Louis Daguerre capta uma fotografia mais “elaborada”, com pessoas: “ Boulevard du Temple”. Assim, começaram a aparecer cada vez mais, até que surge a primeira fotografia a cores em 1861. De certa forma, a fotografia começou a “substituir” a pintura. 

Muitos consideram a fotografia como sendo uma forma de expressão e de arte, tanto que esta é usada para diversos propósitos.  Atualmente, é possível detetar a importância e o uso da fotografia no nosso quotidiano, tanto para entretenimento como para informar (jornalismo, fotojornalismo). 

Em relação ao facto de nos informar, a fotografia tem um papel importante na comunicação. Com ela, é possível transmitir ideias ao espetador de forma clara e eficaz, tocando também um bocado com os sentimentos de cada um. Mesmo quando vemos uma notícia e não percebemos o que está a ser dito, com a ajuda de uma fotografia é muito mais simples de compreender o que está a ser tratado. No ramo do jornalismo, é extremamente relevante conseguir verificar a veracidade de uma fotografia e para isso, existem vários programas que conseguem comprovar se as fotos são alteradas ou não. 

a64981
publicado por - fcar - às 13:08 | comentar | ver comentários (3) | favorito

Os media como máquina de guerra

Desde cedo que os meios de comunicação desempenham um papel extremamente fundamental na divulgação dos acontecimentos da realidade presente. Exemplo disso tratou-se da Segunda Guerra Mundial, caraterizada como a época onde os media foram utilizados estrategicamente pelos militares assim como pelos cidadãos. 

Os tempos de tensão, aflição e desespero por saber de avanços e progressos da guerra.  Para tal, o trabalho dos jornalistas é essencial de forma a conseguir transmitir da forma mais próxima e envolvente o que se está a passar. Será que em tempos de angústia, toda a informação recebida é fidedigna? Sabe-se que as guerras são forma de provar aos jornalistas que a informação interessa mais que a opinião, devido à sucessão de factos.

Um caso que serve de exemplo,  aconteceu em 1990, alguns meses depois do presidente do Iraque ter invadido o Kuwait.  Nos Estados Unidos, foi e fixado um prazo para que as forças militares do Iraque se retirassem.  A Comissão de Direitos Humanos do Congresso dos  Estados Unidos da América recebeu o  depoimento de uma jovem de quinze anos com o nome de Nayirah. Durante o testemunho, esta emociona-se e relata atrocidades cometidas por invasores iraquianos: “levaram as incubadoras e deixaram os bebés a morrer no chão ao frio”.  O seu testemunho teve um impacto tão grande que chegou a inclinar a balança da opinião pública americana a favor da guerra do Iraque. 

Mais tarde, segundo a BBC, através de uma investigação conjunta entre jornalistas independentes e a Amnistia Internacional (organização não governamental que defende os direitos humanos ) soube-se que todo o discurso houvera sido preparado por uma agência de relações públicas nos EUA ligada à monarquia do Kuwait. Na verdade, a jovem rapariga tratava-se da filha do embaixador do Kuwait em Washington. 

James Garvey, considerado um dos maiores ativistas da história do movimento nacionalista negro acredita que “ a história de Nayirah provavelmente contribuiu para inclinar a balança a favor da guerra”. Pela história do testemunho ter sido repetida durante várias vezes por senadores dos EUA e pelos média, o voto favorável à participação na guerra acabou por vencer.

a64981
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O novo jornalismo

O novo jornalismo é feito pelo cidadão. O modelo antigo já não convence, está ultrapassado, passou à História. O que me faz afirmar isto com tanta convicção é a sua atitude para com o novo jornalismo. Agressividade não passa de medo disfarçado de força, quer nos estejamos a referir ao mundo animal, à humanidade ou a megacorporações. Já de há um tempo para cá a sua atitude para com os jornalistas independentes tem deixado imenso a desejar, mais se podendo dizer que se voltaram contra a prática do jornalismo. Pressionados pela perda de receitas publicitárias para o mundo digital, eliminaram grande parte das suas redações, o núcleo em torno do qual deveria funcionar qualquer publicação. Os que restaram viram-se responsáveis por fazer o trabalho que antes se fazia com o triplo dos jornalistas. Isto foi a morte anunciada do jornalismo investigativo na imprensa tradicional. Isto certamente foi um estímulo ao aparecimento de estruturas de jornalismo independente, algo que sempre existiu na figura do jornalista freelancer, contudo alguma coisa mudou – já não há lugar a colaborações deste género. Produzir fora do jornal é produzir fake-news, este é o consenso. Mas quem o diz são os media tradicionais, querem convencer-nos de que só eles sabem o que é verdadeiro e mais ninguém o pode fazer. Perante a sua potencial aniquilação do meio jornalístico optaram por uma caça às bruxas. Tal como a igreja católica em tempos quis manter o seu estatuto de monopólio da religião, o jornalismo tradicional quer ser o único a ter voz perante o público. Mas o tempo da ditadura já acabou e na era digital não é possível silenciar a verdade. A pluralidade é fundamental e o novo jornalismo é o garante dessa necessidade.

a15084


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O pior tipo de censura

Já pensaram como por vezes nos forçamos a medir as palavras, a não afirmar aquilo que realmente pensam ou sentem a respeito de algum assunto. Essa é a atitude politicamente correta, o que se espera de nós em certas situações ou contextos. É assim que se evitam os dissabores de pensar pela própria cabeça e de ter opinião própria – se não a assumirmos publicamente, não nos pode prejudicar. Esse é, a meu ver, o pior tipo de censura que pode existir, a auto-censura. Esta é uma forma-de-estar que aos poucos vai destruindo a nossa individualidade e a nossa liberdade. É o fenómeno que foi estudado por Elisabeth Noelle Neumann, o qual chamou de ‘espiral do silêncio’. Este fenómeno faz com que os indivíduos, numa atitude inconsciente de evitar a exclusão social, evitam manifestar ideias e opiniões que sejam incompatíveis com a norma ou com o consenso. Nos seus estudos determinou que 4 em cada 5 indivíduos têm tendência para agir desta forma, permanecendo em silêncio e sistematicamente reprimindo as suas ideias. Pressão social é algo acompanha os seres humanos desde os seus primórdios e em épocas e sociedades mais violentas, alinhar na ‘espiral do silêncio’ seria a melhor estratégia para sobreviver mais um dia. E nos dias de hoje, fará algum sentido para o indivíduo? Ou será apenas uma daquelas fraquezas dos quais se aproveitam os poderes político e económico para nos manter na linha?

a15084


publicado por - fcar - às 12:59 | comentar | favorito

O dia em que a terra parou

Sou da opinião que as obras literárias têm alguma finalidade para além de ocupar o tempo do seu autor e dos seus leitores. Há uma intenção comunicativa subjacente ao esforço produtivo, uma missão de transmitir alguma informação, valores morais, políticos, etc. Também no cinema identifico essa tendência e tal como na literatura, um aproveitar da oportunidade para tecer críticas sociais e políticas de uma forma muito subtil. O cinema por exemplo, não está isento de pressões externas para que as suas produções estejam em linha com o status quo, como fica claro em muitos filmes lançados no decorrer da guerra fria. Exemplos de submissão ao poder político são filmes como ‘Rocky’, ‘Rambo’ ou ‘Pearl Harbour’. Por outro lado há filmes que abertamente confrontam o poder político e os interesses económicos, denunciando algumas injustiças. Nessa categoria incluiria filmes como ‘All the president’s men’, ‘The big Short’ e ‘The other guys’. Depois, há diretores que procuram não entrar em confronto mas que não deixam de passar a sua mensagem de uma forma menos evidente. O filme ‘The day the earth stood still’ é um exemplo disso: para além do alerta ambiental que está presente em todo o enredo, há uma mensagem algo subversiva de crítica ao poder político e militar na cena onde o alien se apercebe que é inútil o diálogo com o governo americano e diz: «Tentei falar com os vossos líderes.», ao que outra personagem responde: «Estes não são os nossos líderes. Se queres falar com um dos nossos líderes, levo-te até um». Após isto eles vão para casa de um cientista, físico teórico, onde se dá o diálogo útil e significativo que define o futuro da humanidade. E assim se passa a mensagem de forma sublime e eficaz mas sem atrair atenções indesejadas.

a15084


publicado por - fcar - às 12:57 | comentar | favorito

Superar um término

Um término pode parecer o fim do mundo. Quase todo mundo passa por situações como essa ao longo da vida. Situações que podem causar confusão e desespero nas nossas mentes, assim como uma insegurança em relação ao futuro.

Uma separação é um processo muito individual para cada um. Algumas pessoas são capazes de seguir em frente, enquanto outras remoem o término durante meses ou até mesmo anos, o que prejudica suas possibilidades de encontrar novos relacionamentos.

Talvez você se sinta machucado, traído, sozinho. Também é possível que você sinta a necessidade de stalkear o seu ex e sinta ciúmes dele com a pessoa que ele talvez se relacione. Talvez você se sinta pouco atraente, feio, ou que não é digno de ser amado. Por mais difícil que seja, lembre-se sempre que você é sim digno de amor. Um término ou um amor não correspondido NÃO diminui o seu valor ou a sua beleza. Não meça o seu valor pela régua dos outros.

a63033


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28
Abr 20

Solidão e Solitude

Sentir a solitude é conseguir passar por momentos sozinho e não sofrer com isso, conseguir aproveitar a própria companhia e, quem sabe, desenvolver um melhor autoconhecimento. Já a solidão faz com que nós nos sintamos sozinhos, o que pode levar à angústia e ansiedade, além de outros problemas.

Somos todos diferentes. Algumas pessoas sentem necessidade de momentos só, enquanto outras, precisam estar na companhia de outras pessoas a todo momento (o que não, necessariamente, faz com que a pessoa se sinta menos sozinha). Eu sempre gostei de momentos com a minha própria companhia, porém ao mudar de país, principalmente no início, me vi com o sentimento de solidão mais constante. E você? Sente mais a solitude ou a solidão?

a63033


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