Vamos mesmo ficar sem internet?
Raquel Branco, nº61413
Atualmente parece que grande parte dos jovens se identifica com os ideais de esquerda. Consigo observar isso, tanto no Brasil, em uma proporção muito maior, como em Portugal. Antes de tudo, identifico-me com os ideais do liberalismo; acredito que a liberdade do indivíduo deve estar sempre em primeiro lugar, a liberdade de ir e vir, de fazer o que sente vontade, desde que não afete a liberdade do próximo. A juventude atual critica o governo, está sempre descontente com as atitudes de seus políticos, e qual a atitude que tomam para combater isso? Votam em políticos e partidos de esquerda que querem dar cada vez mais poder ao Estado que, obviamente, vai aumentar impostos, que sempre acabam por tornar a vida mais burocrática. Então, para as pessoas de esquerda, a solução para resolver os problemas causados pelo Estado é dar mais poder ainda ao Estado; logo não faz sentido. Também sou contra as figuras de direita com caráter autoritário, como Bolsonaro e os demais exemplos, mas a questão é que sabemos que parte dos seus seguidores são pessoas más. O problema da Esquerda é criticar os outros sem fazer uma autocrítica, insistindo em tomar medidas económicas que são um erro total. Acredito que só poderemos prosperar quando entendermos que a liberdade é a chave para o desenvolvimento, seja social e/ou económico. Gustavo Costa, 59683
Quem foi o maníaco depravado que inventou as convenções sociais? Por convenções sociais refiro-me às regras implícitas no nosso dia-a-dia, aquelas coisas que nos são embutidas desde crianças e que nos limitam a nossa noção de "normal". Afinal, o que é "normal"? A roupa discreta, ajeitada. O cabelo penteado. Os sapatos atados. A postura reta. O andar alinhado. Cabeça para cima, pés para baixo. Expressões neutras estampadas no rosto. Segundo o Priberam, "normal" é algo regular, dentro das normas, exemplar. Então mas... Quem definiu isso? Gosto de imaginar dois homens de meia-idade, de toga, no canto de um anfiteatro, algures na Grécia Antiga, a falar mal do resto do grupo de debate, que nem meninas de colégio sonsas. O normal é o certo, o adequado, o limite da nossa criatividade, da nossa expressão, o começo dos nossos receios e das ansiedades. O tipo quer andar de vestido, bestial. A fulana quer sair descalça, força nisso. Se forem adultos e vacinados, o que é que temos a ver com isso? Go out and be happy. Screw everything else. Miguel Pereira, nº61379"
A partir de Julho de 2014, Portugal sofreu uma revolução no que toca aos transportes com a entrada da UBER no mercado nacional, no entanto a questão que tem de ser colocada é a seguinte, Para quê uma inovação e mudança de serviços?, essa pergunta faz realmente sentido, Para quê?, quando os nossos taxistas são trabalhadores honestos que nunca tentam ganhar mais um tostão ao ir pelo caminho mais longo, que nunca recusam viagens por serem demasiado pequenas, que têm sempre o carro em impecáveis condições e se apresentam como verdadeiros motoristas e não como bebâdos que acabaram de sair do café depois do jogo de futebol da sua equipa favorita, repito, Para quê?. Esta nova funcionalidade de transportes privados apenas apresentará uma concorrência nunca antes experienciada pelos taxistas que sempre tiveram todo o monopólio, e que não se encontram dispostos a dividir, defendendo que um condutor UBER não está legalmente tão preparado como um taxista, sendo que o que difere entre o taxista e o condutor UBER é nada mais nada menos que a licença de táxi que custa acima de três mil euros, para além do facto que os condutores UBER revelam na maioria menos conhecimento topológico que o próprio taxista, mesmo que ambos usem um sistema de GPS semelhante, para além disso a comodidade de um táxi tradicional é equivalente ou melhor do que a viatura onde os condutores UBER se deslocam pois não é uma viatura registada em nome do estado mas sim de um indivíduo ou comapnhia privada, sendo isso um possível problema à segurança do passageiro. Em traços gerais o que é correto é seguir a rota tradional e dar dinheiro as taxistas, que darão depoisuma parte ao estado e assim todos continuamos num círculo de trocas perfeito entre Estado, consumidor e taxistas, eliminando todas e quaisquer inovações que venham contra-balançar o equilíbrio do poder.. ou não. 61423 Leonardo Mascarenhas