Revolta infantil
Estava eu a ler o jornal de costume, o «Correio da Manhã», quando me deparo com uma notícia perturbante: uma criança com cinco anos denunciou uma violação na escola, através de um desenho. Notícia esta à qual não podia ficar indiferente, e que me fez lembrar que já tinha ligo algo semelhante no nosso blogue de Ciências da Comunicação, um artigo feito pela minha colega Carolina Piquet, que também falava sobre o poder que as crianças têm através de desenhos, mas com perspetivas diferentes.
Neste artigo, uma criança que se encontrava na escola, revelou através de um desenho, uma violação feita por um adulto, amigo da família, na cidade de Ilhéus. Tudo aconteceu quando uma professora pediu para os alunos fazerem um desenho relativo a algo que os incomodasse muito na sua vida, e isto veio causar uma enorme mudança no comportamento desta aluna.
A menina desenhou, na folha de papel branca dada pela professora, um órgão sexual masculino, acrescentando que era aquilo o que mais a incomodava, e perturbava. A professora, bastante preocupada com a situação, mostrou-se sua confidente, fazendo com que ao longo da conversa a criança desabafasse e, a professora conseguisse perceber o que realmente se tinha, ou se ainda estaria a passar-se. Após a confirmação da aluna, a professora entrou em contacto com uma tia da mesma, e dirigiram-se à polícia para a apresentar queixa.
O suspeito foi apanhado em casa, onde violava também os irmãos dela. Isto porque era ele que ficava com as crianças quando estas saiam da escola, até à hora de jantar, que era quando as entregava à mãe. Como era amigo da família, foi-lhe entregue uma total confiança para ficar com as crianças.
Agora eu questiono-me, e reflito: até que ponto uma mãe confia num amigo de família para entregar assim os seus filhos? Como é que é possível estas coisas acontecerem sistematicamente sem ninguém dar por nada? Estas situações revoltam-me profundamente, há que fazer alguma coisa. Através de um simples desenho é possível descobrir-se muita coisa que acontece dentro de quatro paredes, e neste caso em particular descobriu-se um crime. Um crime que vai fica para sempre na consciência desta criança, que vai crescer revoltada, que nunca mais irá ser a mesma. Há «mães» e «mães», se é que me faço entender. Porque é que aquelas que seriam com certeza boas mães não conseguem ou não podem ter filhos, e porque é que as que são más têm tantos? Este mundo é mesmo muito injusto. É como se costuma dizer, uns com tanto e outros com tão pouco.
Paula Rego 44843
Neste artigo, uma criança que se encontrava na escola, revelou através de um desenho, uma violação feita por um adulto, amigo da família, na cidade de Ilhéus. Tudo aconteceu quando uma professora pediu para os alunos fazerem um desenho relativo a algo que os incomodasse muito na sua vida, e isto veio causar uma enorme mudança no comportamento desta aluna.
A menina desenhou, na folha de papel branca dada pela professora, um órgão sexual masculino, acrescentando que era aquilo o que mais a incomodava, e perturbava. A professora, bastante preocupada com a situação, mostrou-se sua confidente, fazendo com que ao longo da conversa a criança desabafasse e, a professora conseguisse perceber o que realmente se tinha, ou se ainda estaria a passar-se. Após a confirmação da aluna, a professora entrou em contacto com uma tia da mesma, e dirigiram-se à polícia para a apresentar queixa.
O suspeito foi apanhado em casa, onde violava também os irmãos dela. Isto porque era ele que ficava com as crianças quando estas saiam da escola, até à hora de jantar, que era quando as entregava à mãe. Como era amigo da família, foi-lhe entregue uma total confiança para ficar com as crianças.
Agora eu questiono-me, e reflito: até que ponto uma mãe confia num amigo de família para entregar assim os seus filhos? Como é que é possível estas coisas acontecerem sistematicamente sem ninguém dar por nada? Estas situações revoltam-me profundamente, há que fazer alguma coisa. Através de um simples desenho é possível descobrir-se muita coisa que acontece dentro de quatro paredes, e neste caso em particular descobriu-se um crime. Um crime que vai fica para sempre na consciência desta criança, que vai crescer revoltada, que nunca mais irá ser a mesma. Há «mães» e «mães», se é que me faço entender. Porque é que aquelas que seriam com certeza boas mães não conseguem ou não podem ter filhos, e porque é que as que são más têm tantos? Este mundo é mesmo muito injusto. É como se costuma dizer, uns com tanto e outros com tão pouco.
Paula Rego 44843